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Morre mulher grávida que foi baleada na cabeça no Rio

Médicos fizeram cirurgia para retirar projétil, mas Samantha Fraga não resistiu; bebê passa bem

Por Pedro Dantas
Atualização:

Morreu à noite a mulher grávida baleada em Niterói, nesta sexta-feira, 29. De acordo com o Hospital Universitário Antônio Pedro, Samantha Fraga Pinto, de 21 anos, não resistiu, mas o bebê passa bem. Ela estava em uma lan house quando um carro passou atirando contra a loja onde estavam um policial e um bombeiro. Ela foi atingida por uma bala perdida no crânio e levada para o Hospital Universitário Antônio Pedro onde os médicos decidiram fazer uma cesariana para retirar o bebê. De acordo com o hospital, o projétil foi extraído do lado direito do crânio de Samantha, que ficou sedada e respirava com a ajuda de aparelhos na UTI até morrer. O bebê, um menino, nasceu após 31 semanas de gestação. Segundo os médicos, a criança está na UTI Pré-Natal porque é prematuro, mas respira sem o auxílio de aparelhos e o estado de saúde dele é considerado ótimo. Samantha estava casada há dois anos com o rodoviário Cesar da Cruz Oliveira, de 26 anos, e iria prestar vestibular para informática. O marido estava inconsolável e não conseguiu dar declarações. No momento em que foi atingida, ela estava acompanhada por dois primas que nada sofreram. "Ela ia fazer o chá de bebê em setembro, quando completaria 8 meses de gravidez. Ela foi na lan house mandar e-mails para convidar os amigos", contou Elionar Nascimento Pinto, tio da vítima. Os parentes estavam revoltados. "Não podemos mais sair na rua porque a violência atingiu um nível absurdo", lamentou o eletricista Edilson Silva Santos, de 36 anos, tio da vítima. Além da grávida, o policial militar Ronei Siqueira, de 33 anos, que seria o alvo dos atiradores e reagiu a tiros, também foi atingido por três tiros na barriga e nas pernas. Álvaro Ribeiro Neto, de 30 anos, dono da lan house, também foi atingido com um tiro no pé. Ambos não correm risco de vida. O caso foi registrado na 76ª Delegacia de Polícia do Centro de Niterói. A polícia investigará se o policial ou o bombeiro faziam a segurança do local e a motivação para os tiros dos criminosos.

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