Morre suspeito do assassinato de Toninho

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Por Agencia Estado
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Um homem suspeito de envolvimento na morte do prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos, Rogério Pereira Nunes, conhecido como ?Nego?, foi assassinado nesta semana. O advogado criminalista que representa a família do prefeito e a prefeitura no caso, Ralph Tórtima Stettinger, confirmou que Nego havia sido apontado, por uma testemunha, como suspeito do crime. "Existe a suposição de que ele pudesse ter atirado contra o prefeito", disse Stettinger. Segundo ele, uma fonte "conhecida" entregou-lhe, por escrito, uma declaração na qual acusava um homem ?conhecido como Nego?. Mas a fonte não chegou a revelar o nome completo do suspeito. O advogado, porém, confirmou que se tratava de Nunes. Ele foi assassinado com onze tiros no Jardim Paranapanema, em Campinas, na noite de segunda-feira. Nunes seria membro da quadrilha de Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho. Ele era conhecido por negociar armas. O delegado de Homicídios de Campinas, Roveraldo Battaglini, confirmou a morte de Nego, mas não informou detalhes. Disse desconhecer que o acusado fosse membro da quadrilha de Andinho, ou que tivesse ligação com a morte do prefeito. Segundo Battaglini, a polícia ainda não tem pistas do assassino de Nunes. Para Stettinger, a morte do suspeito atrapalha as investigações sobre sua participação no crime contra Toninho. "Mas era apenas uma hipótese de participação", enfatizou. O advogado afirmou, no entanto, que os indícios continuam apontando para outros membros da quadrilha de Andinho como autores do assassinato de Toninho. Conforme a versão defendida pela polícia, o prefeito foi morto pelos ocupantes do Vectra prata, usado pela quadrilha do seqüestrador. Dentro dele estariam o próprio Andinho, Anderson José Bastos, o Anso, Valmir Conte, o Valmirzinho e Valdecir Souza Moura, o Fiinho. Anso, Walmirzinho e Fiinho foram mortos em confronto com a polícia. Andinho nega participação no crime. Por enquanto, a polícia dispõe apenas do depoimento de Cristiano Nascimento de Faria, o Cris, sobre o envolvimento da quadrilha no caso. Ele não citou Nego. Stettinger comentou que os nomes dos envolvidos no assassinato e o autor dos disparos ainda não estão esclarecidos.

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