Morre um dos agentes penitenciários emboscados em estrada

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Jânio Antônio Medonça, um dos sete agentes penitenciários baleados durante emboscada ocorrida na noite desta terça-feira na rodovia Padre Manoel da Nóbrega, na Praia Grande, no litoral sul de São Paulo, morreu hoje em conseqüência do ferimento. Célia Maria de Andrade e Janilson Santos Silva continuam internados na Santa Casa de Santos, inspiram cuidados, mas mostram recuperação, conforme informou a diretora da Penitenciária II de São Vicente, Gislaine Fernandes Constante. Por volta das 19h30 desta terça-feira, dois automóveis pretos da marca Fiat - um Tipo (já apreendido pela polícia) e um Uno - emparelharam com o ônibus que transportava 20 agentes penitenciários, funcionários das duas penitenciárias de São Vicente, e seus ocupantes passaram a disparar contra os agentes. As investigações continuam, mas até a tarde desta quarta-feira nenhum suspeito foi preso pela polícia. As duas penitenciárias de São Vicente passaram por uma revista completa, pois temia-se que o atentado desta terça pudesse ter algum desdobramento. "Não imaginávamos que a ousadia atingisse esse limite", comentou Gislaine. Segundo ela, a instituição redobra a atenção nos períodos que antecedem as festas, como o carnaval. Também porque os movimentos dos detentos estão cada vez mais ousados. "Não estávamos enfrentando nenhum problema sério, por isso a surpresa foi maior", disse a diretora da Penitenciária II. Na Penitenciária I, onde Jânio Antônio Mendonça trabalhava, a tristeza era grande entre os agentes penitenciários. "Só uma bala foi suficiente para a tragédia", comentou um deles, que pediu para não ser identificado, lamentando a morte do companheiro de trabalho. "Trabalhamos há muito tempo nesta profissão, e a vida tem que continuar, apesar desse lamentável acontecimento", disse outro.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.