Morrem mais 2 vítimas da explosão em unidade da PF

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Por Fausto Macedo
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Morreram ontem mais duas vítimas da explosão ocorrida na sexta-feira no Serviço Técnico Científico da Polícia Federal em Manaus. A informação foi confirmada pela PF e pela Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais em Brasília, no começo da tarde. Max Augusto Neves Nunes, de 35 anos, e Maurício Barreto da Silva Júnior, de 38, estavam em coma em um hospital da capital do Amazonas. No mesmo dia do acidente já havia sido registrada a morte do perito criminal federal Antonio Carlos de Oliveira, de 45 anos. Outro perito permanece hospitalizado. O local da explosão está isolado. O diretor-geral da PF, Luiz Fernando Correa, seis peritos de Brasília e um de Salvador, com especialização em explosivos, chegaram ontem a Manaus e começaram a perícia. Há pressa na realização dos trabalhos porque, se chover, o campo para a coleta de vestígios pode ficar prejudicado. Durante coletiva à imprensa, Correa não descartou a possibilidade de atentado, mas afirmou que não há qualquer indício, neste momento, apontando para um ato provocado. "Não temos nenhuma tese preestabelecida. O local do crime será explorado tecnicamente. Não podemos afirmar nada neste momento, muito menos atribuir a um atentado. Não há nada indicando a possibilidade", enfatizou. Correa e o superintendente da PF no Amazonas, Sérgio Fontes, confirmaram a existência de cocaína dentro do cilindro, que mede cerca de 60 centímetros e havia sido apreendido em uma agência dos Correios em Manaus, em novembro do ano passado. Correa descartou ainda a possibilidade de o artefato ter sido perfurado antes de chegar ao laboratório da PF. De acordo com o diretor-geral, a perfuração foi feita por peritos nos Correios, quando a droga foi detectada. Questionado sobre a demora para a inspeção, Fontes disse que não há um prazo para conclusão e que os peritos faziam, na sexta-feira, uma segunda avaliação. Ontem à tarde, Octávio Brandão Caldas Neto, veterano perito e presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, levantou a hipótese de armadilha. "Pelo tipo de explosão, pode ter sido uma bomba camuflada em um cilindro apreendido que estava sendo analisado no laboratório", observou. O perito fala com cautela. "Nenhuma hipótese pode ser afastada. Tudo só vai ser esclarecido após perícia minuciosa no local." COLABOROU ALESSANDRA LEITE

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