Morte de jovem nos EUA ganha as primeiras páginas

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Por Agencia Estado
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"Ela tinha 13 anos e conheceu um novo namorado na internet. Terminou com a morte dela". "Animadora de torcida, 13 anos, seduzida na rede: assassinato da sala de bate-papo". Essas são apenas duas das várias manchetes que rechearam os tablóides americanos na manhã de ontem. Os nova-iorquinos New York Post e Daily News, respectivamente, destacaram na capa o assassinato da adolescente americana Christina Long, de 13 anos, encontrada morta depois de manter relações sexuais com um brasileiro que conheceu pela internet. A notícia reacende a discussão sobre assédio sexual de menores pela internet e até acelerou a aprovação de lei no Congresso dos EUA. ?O pesadelo dos pais?, acrescentou o New York Post. A morte de Christina teve pouco espaço, no entanto, nos horários nobres dos jornais de rede nacional das emissoras de TV, mas ganhou espaço nos programas da manhã de anteontem e nos canais de jornalismo por assinatura, como a CNN, que transmitiu o enterro da menina. Os jornais das cidades do Connecticut repercutiram a tragédia: o Greenwich Time, da cidade de Saul dos Reis, suspeito de ter estrangulado a jovem enquanto faziam sexo, e o The New-Time, de Danbury, cidade de Christina. Além de vários veículos on-line, a história chegou a ser divulgada pela emissora inglesa BBC e pelo jornal The Guardian. Assédio sexual A Câmara dos Deputados aprovou em Washington lei recrudescendo as penas e agilizando o fornecimento de dados para a polícia investigar o que os norte-americanos já estão classificando de "predador sexual virtual de menores". O caso de Christina Long foi citado como exemplo durante a votação, na tarde de ontem. A medida, aprovada por ampla maioria (396 votos a favor e 11 contra), visa apressar a liberação de escuta on-line para casos que envolvam suspeitos de tentar seduzir sexualmente menores pela internet, coagir um menor a cometer atos sexuais por dinheiro e viajar para realizar sexo com menores. A lei ainda deve passar pelo Senado e para vigorar depende da assinatura do presidente George W. Bush.

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