Morte de monitor da Febem poderia ser evitada, dizem colegas

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Por Agencia Estado
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Cerca de 500 pessoas acompanharam hoje o sepultamento do monitor da Febem, Rogério Rosa, de 32 anos, no cemitério parque das Colinas Verdes, em Franco da Rocha. Ele foi morto quarta-feira durante a 17ª rebelião da Febem na cidade este ano. Revoltados com o assassinato do colega a golpes de estilete, funcionários da Febem disseram que a morte de Rogério poderia ter sido evitada. ?Os internos já haviam avisado do motim?, afirmou o monitor D.V., de 24 anos, que também trabalhava na tarde de quarta, dia em que Rogério deveria estar de folga. ?Ele trocou o plantão com um colega ferido em outra rebelião?. Quando foi aprovado em concurso para trabalhar na Febem, em janeiro deste ano, Rogério comemorou o novo emprego. Nas últimas semanas, no entanto, já pensava em desistir do cargo. ?Sábado retrasado ele disse que tinha se arrependido de ter ido para a Febem?, disse a irmã Roseana Rosa, de 35 anos. ?Desde que o nosso pai morreu há 20 anos, ele virou o paizão da família. Era ele quem dava conselhos para os irmãos?, disse Roseana. A rotina tumultuada em Franco da Rocha mexeu com os nervos de Rogério, normalmente um homem calmo. ?Ele tinha pesadelos, estava agitado?, afirmou a mãe, Ana Dias Rosa, de 51 anos. ?Outro dia conversamos e pedi para ele sair de lá?. O motivo dele insistir no emprego era os dois filhos, Leonardo de 6 anos e Rafael, de 2. A preocupação de Rogério era o sustento da família, já que a mulher dele, Andréa, não trabalha. ?Desde que ele foi para a Febem ninguém em casa teve mais paz?, disse a mãe do monitor.

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