Morte de refém libertado é investigada

Há suspeita de que sequestradores tenham voltado para matar rapaz

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Por Camilla Haddad e GUARUJÁ
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A Polícia Civil do Guarujá, no litoral paulista, investiga com a Delegacia Antissequestro (DAS) se os criminosos que mataram Ulysses Sena Alves, de 17 anos, na quarta-feira, são os mesmos que o sequestraram em dezembro. Alves foi assassinado com quatro tiros porque os bandidos não conseguiram levá-lo da porta de sua casa, em Vicente de Carvalho, periferia do Guarujá. Ele foi atingido nos braços, no ombro e nas costas. Ninguém foi preso até a noite de ontem. De acordo com a polícia, Alves saía com a mãe para trabalhar, por volta das 6h10. Enquanto Cristina Sena trancava o portão da casa, na Rua João Pessoa, o garoto retirava o CrossFox da família em marcha à ré quando foi surpreendido por um Gol preto placas DGX-6858 impedindo a passagem do veículo. Dois homens armados desceram do carro e ordenaram que Cristina sumisse. Desesperada, a mãe passou a gritar no meio da rua que o filho estava sofrendo uma tentativa de sequestro e, em seguida, ouviu vários tiros e se jogou no chão. A dupla disparou ao menos 17 tiros de pistola 380 contra o CrossFox e fugiu a pé. Quatro tiros atingiram o jovem, que ficou caído entre o banco do motorista e o do passageiro. Ulysses morreu a caminho do hospital. No Gol, havia duas fitas adesivas, uma mixa e um lacre usado como algema - o que, segundo a polícia, caracterizava um novo sequestro. O Gol havia sido furtado no centro do Guarujá. Em 12 de dezembro, Ulysses foi libertado de um cativeiro em uma favela na Praia do Perequê, no Guarujá, onde passou dez dias. Ele foi resgatado por policiais militares após denúncia anônima.Ninguém foi preso. O rapaz foi levado no dia 2 de dezembro, quando fazia uma entrega. Os bandidos exigiram R$ 300 mil da família, que não tinha o dinheiro. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Os empresários Rafael de Souza Cursino e Rafaele Luiz Francisquetti, de 20 e 25 anos, foram libertados ontem de madrugada, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, pouco tempo após terem sido sequestrados quando saíam de um bar. Segundo a polícia, as vítimas foram abordadas por quatro homens armados, antes de chegar ao carro, na saída do bar. Os jovens foram obrigados a abrir o automóvel e sentar no banco de trás. O carro foi conduzido por um dos sequestradores. O grupo seguiu pela Via Dutra. O plano era levar as vítimas para um cativeiro em Taubaté, na mesma região. Os sequestradores pararam o carro no acostamento, quando policiais militares abordaram o grupo e libertaram os empresários. Os criminosos foram presos. COLABOROU SIMONE MENOCCHI

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