PUBLICIDADE

Mortes por overdose no País batem recorde

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Segundo relatório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado na semana passada, as mortes por overdose bateram recorde. Pela primeira vez ocuparam o segundo lugar no ranking de morte por intoxicação para o sexo masculino, superando os raticidas (ficam atrás dos agrotóxicos). Os dados são referentes ao ano de 2007. Houve 64 óbitos no último balanço, ante 42 no ano anterior. Em 2000, foram 7 registros. Apesar das informações não representarem um número absoluto alto, lançam luz sobre um problema não notificado. Os medicamentos, por exemplo, líderes em ocorrências de intoxicação (foram 81 mortes), também escondem casos em que os remédios são utilizados para o "uso recreativo", com o intuito de "dar barato". "Enquanto no geral os casos de intoxicação são provocados por medicamentos, pelo mau uso, e as crianças com menos de 5 anos são as vítimas principais, o perfil do intoxicado por drogas é outro", afirma Rosany Bothner, diretora do Sistema de Notificação por Intoxicação (Sinitox) da Fiocruz. "Os casos acontecem por abuso e os jovens entre 20 e 29 anos respondem por 35% das notificações." Esse aumento de letalidade, avaliam os especialistas, se deve à maior mistura dos entorpecentes. Mas o toxicologista da Unifesp Sérgio Graff alerta que o aumento também pode refletir numa melhor notificação por parte dos hospitais.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.