Morto se mexe ao ser preparado para velório na Bahia

Familiares acharam que Wellington Muniz estava vivo e suspenderam o enterro

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Morador do bairro periférico de Lobato, em Salvador (BA), Wellington Carlos Silva Muniz, de 19 anos, não resistiu a uma cirurgia para a retirada de um tumor no cérebro, no Hospital Sagrada Família. Em seu atestado de óbito, a causa da morte foi apontada como hemorragia e edema cerebral. O corpo, liberado, foi levado ao Cemitério Municipal de Plataforma. A família preparava o corpo no caixão, na noite de terça-feira, 19, quando veio o susto. "Minha mãe começou a falar que ele tinha se mexido", conta uma irmã de Muniz, que preferiu não se identificar. Passado o susto inicial, os preparativos continuaram. "Logo depois, ele mexeu os braços, como se estivesse sufocado", diz Laura Flores, amiga da família, que estava no local. Houve alvoroço. Os familiares começaram a achar que Muniz estava vivo e alguns presentes passaram mal - duas ambulâncias foram chamadas para atender os casos. O enterro foi suspenso e parentes acionaram a 5.ª Delegacia, localizada no vizinho bairro de Periperi. A polícia técnica foi ao local e, após ouvir os relatos dos presentes, resolveu transferir o corpo de Muniz ao Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues (IML). Apenas na manhã desta quarta foi feita nova perícia, na qual ficou constatada a morte do jovem. "É raro, mas podem acontecer espasmos em corpos, causados por fatores dos mais variados", justifica o perito médico-legal do IML, Carlos Augusto Catão. Com a confirmação do óbito, os familiares foram ao Fórum Ruy Barbosa tentar conseguir nova liberação para o enterro. Passaram boa parte da tarde lá, até que um juiz autorizou o novo sepultamento que ocorreu no início da noite desta quarta, no mesmo cemitério em que estava programado o enterro na noite anterior.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.