10 de novembro de 2011 | 09h14
SÃO PAULO - Em entrevista ao jornal 'Bom Dia Brasil', da TV Globo, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, afirmou que os criminosos da Rocinha, na zona sul do Rio, demonstraram fragilidade antes da ação realizada durante a madrugada desta quarta-feira, 10, que acabou com a prisão do traficante Antônio Bonfim Lopes, conhecido como "Nem".
"Eu acho que o mais importante [nesta operação] é a quebra do paradigma do império do território. Prender traficantes, apreender armas e drogas é fundamental, mas a estratégia que está sendo utilizada é exatamente a inversão do paradigma de território, é a quebra do muro imposto por armas. Na medida em que simplesmente se anunciou que isso ia acontecer, essas pessoas [os criminosos] mostraram fragilidade", disse.
'Nem' foi encontrado em porta-malas
Beltrame afirmou ainda que cada ocupação em favelas do Rio de Janeiro segue uma estratégia diferente. "Não há uma receita concreta de pacificação. A gente se prepara para entrar, sem confronto, mas não sabemos o que os criminosos têm na cabeça. Na Rocinha, a operação começou há cerca dez dias e ainda não terminou", afirmou.
Questionado sobre o fato de traficantes estarem sendo escoltados por policiais no momento da prisão, Beltrame lamentou. "Isso é triste, lamentável. Mas é preciso lembrar que temos os policiais que prenderam o próprio Nem. Tenho certeza que esse fato [a escolta] envergonha a todos, mas os policiais de bem também se sentem orgulhosos pela prisão".
UPP
A previsão é de que a ocupação aconteça no próximo domingo, 13, mas de acordo com Beltrame detalhes sobre a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na Rocinha serão mantidos sob sigilo.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.