Motorista do prefeito morto em Jandira permanece na UTI

Wellington Martins, o Geleia, acompanhava Braz Paschoalin no dia do atentado; polícia ainda não ouviu os suspeitos

PUBLICIDADE

Por Paulo Saldaña
Atualização:

Ainda é grave o estado de saúde do segurança do prefeito de Jandira baleado na última sexta-feira. Wellington Martins dos Santos, conhecido como Geleia, permanece internado na Unidade de Terapia de Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Seu quadro está inalterado desde o dia do crime.O segurança acompanhava o prefeito Walderi Braz Paschoalin (PSDB), que foi morto no ataque. Os dois chegavam a uma rádio da cidade, na grande São Paulo, para a gravação de um programa semanal. Ontem, policiais faziam ronda no hospital. Na casa de Geleia, no bairro Jardim Alvorada, em Jandira, familiares se recusam a dar informações.A hipótese de crime político é até agora a mais forte. O próprio governador de São Paulo, Alberto Goldman, que era companheiro de partido de Paschoalin, afirmou que não acredita que tenha sido um crime comum. A cidade já tem um histórico de atentados contra pessoas públicas.A polícia ainda não colheu o depoimento dos quatro suspeitos presos. De acordo com o delegado Zacarias Tadros, como os presos não quiseram falar nada por enquanto, a polícia vai primeiro colher informações sobre o caso para depois confrontar durante os depoimentos. "Estamos atentos a todos os detalhes para definir quem são os executores e partir para descobrir a motivação e possíveis mandantes", diz Tadros, do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro). O delegado espera ter novidades ainda nesta semana. O inquérito deve ficar pronto em 30 dias.Exames residuográficos mostraram a presença de pólvora nas mãos dos suspeitos. A polícia conseguiu na madrugada de sábado a prisão temporária dos envolvidos. Eles estão na cadeia de Carapicuíba, cidade vizinha. Pelo menos três deles - Adilson Alves de Souza, Lázaro Teodoro Faustino e Cristiano dos Santos - seriam ligados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e já teriam sido presos anteriormente. A polícia apura se o quarto preso, Felipe dos Santos, também tem ficha criminal, uma vez que constam homônimos nos registros. Ontem a polícia foi a um endereço em Carapicuíba onde estariam as armas do crime, mas não encontrou nada. Eles teriam usados metralhadoras e fuzis.A vice-prefeita, Anabel Sabatine (PSDB), disse no sábado que não se sente segura em assumir a administração. Ela e Paschoalin estavam rompidos depois de Anabel ter feito denúncias de superfaturamento de medicamentos. Em seu 3.º mandato, Paschoalin fora alvo de seis investigações. Cinco foram arquivadas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.