Motorista fotografado por radar, discute e acaba morto

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Por Agencia Estado
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O comerciante Samuel Escobar Carrasco, de 31 anos, foi assassinado, com um tiro no peito, por volta da 0h30 desta quarta-feira, na zona Leste da capital paulista, após discutir com o operador de um radar fotográfico móvel instalado na altura do nº 10.500 da Avenida Assis Ribeiro, na região de São Miguel Paulista. Segundo o delegado Renato Batista, do 62º Distrito Policial, do Jardim Popular, onde o caso foi registrado, o comerciante foi morto pelo o sargento Carlos Roberto Valereano, de 47 anos, do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), à paisana, que fazia a segurança do operador do radar, Washington Luiz dos Santos Bastos, 30, funcionário da empresa, terceirizada e contratada pela Prefeitura de São Paulo, Consladel, responsável pelo radar móvel. Em seu Vectra cinza, acompanhado da esposa, a professora Rita de Cássia Paganini, de 24 anos, o comerciante, após passar pelo radar em velocidade acima do permitido, foi fotografado e voltou para discutir com o operador do radar, empurrando o equipamento. Quando Washington tentava explicar ao comerciante que a função dele era apenas montar e desmontar o radar e que ele não havia acionado nenhum dispositivo, pois todo o sistema é automático, o policial à paisana, que fazia a segurança para o funcionário da Consladel, entrou em luta corporal com Samuel e atirou contra o peito do comerciante, depois fugiu. A vítima ainda conseguiu ir até o carro, que não saiu do lugar pois o motor estava superaquecido. A esposa de Samuel parou um taxista, que conseguiu colocar o carro em movimento, mas o Vectra voltou a parar. Policiais militares foram acionados e, após chegarem ao local do crime, foram auxilidos por colegas do Corpo de Bombeiros, que levaram Samuel para o Hospital Tide Setubal, onde o comerciante morreu. Depoimento Desde às 6h30 desta manhã, o sargento Carlos Roberto Valereano presta depoimento no 62º Distrito Policial, do Jardim Popular, zona Leste da capital paulista, ao delegado Renato Batista. Por volta das 6h, o policial militar se apresentou na delegacia, onde disse ao delegado que, ao entrar em luta corporal com Samuel, pensou que o comerciante fosse sacar uma arma então sacou a sua e atirou. Ainda não se sabe se o sargento da PM era contratado pela firma terceirizada responsável pelo radar.

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