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Motoristas e cobradores suspendem greve

Por Agencia Estado
Atualização:

Os motoristas e cobradores de ônibus da capital acataram, hoje, a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) sobre o dissídio da categoria e desistiram, pelo menos por enquanto, de fazer greve. Pretendiam manter, porém, estado de alerta. "Se o Transurb (sindicato das empresas) recorrer da determinação, a categoria está mobilizada e pode reagir", garantiu o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores, Edivaldo Santiago da Silva. O Transurb já informou hoje que, assim que receber a certidão oficial do julgamento do dissídio, o que deve ocorrer na segunda-feira, vai recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. Segundo os empresários, eles não têm como pagar os 8% de reajuste salarial concedidos, porque o setor estaria "deficitário". O Transurb só havia se disposto a pagar 2% de reajuste. Além do aumento nos salários, o TRT determinou, entre outras medidas, reajuste de 8% no vale-refeição e 50% de subsídio no convênio médico. Justamente para cobrir parte desse subsídio, na terça-feira a Prefeitura abriu mão de uma taxa administrativa, com objetivo de conseguir fechar um acordo e evitar uma greve no dia seguinte. "A categoria sai vitoriosa. Todas as cláusulas mais importantes foram mantidas", disse Silva. A proposta julgada hoje foi apresentada na quarta-feira pela juíza Maria Aparecida Pellegrina, durante audiência de conciliação. Hoje, no julgamento do dissídio, que começou às 15 horas e acabou às 16h30, foi referendada por 5 votos a 2. O presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus afirmou que a categoria não aceita que o Transurb entre com recurso. "Os empresários têm de aceitar o julgamento do tribunal." De acordo com ele, os salários já atualizados devem ser depositados no dia 5.

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