Motoristas retomam greve em PE após TST suspender reajuste

Aumento de 10% havia sido determinado pelo TRT; coletivo foi incendiado no Recife e rodovia foi bloqueada na cidade de Paulista

PUBLICIDADE

Por Angela Lacerda
Atualização:

RECIFE - Motoristas, fiscais e cobradores de ônibus da Região Metropolitana do Recife voltaram a parar suas atividades na manhã desta sexta-feira, 22, depois que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) suspendeu o reajuste salarial de 10% concedido pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PE) em 30 de julho, depois de três dias de greve. Um coletivo foi incendiado no Terminal Integrado de Passageiros da Macaxeira, na zona norte da capital pernambucana, e o trânsito foi interrompido no km 60 da BR-101, no município de Paulista.

PUBLICIDADE

Parte dos 18 terminais integrados de passageiros da região metropolitana está fechada pelos trabalhadores. Ainda não há balanço oficial de quantos ônibus não estão operando. Na região metropolitana, 3 mil coletivos de 394 linhas atendem 2 milhões de passageiros.

O ministro do TST Barros Levenhagen acatou pedido liminar do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) sob o argumento que o reajuste ficou fora dos limites do poder normativo da justiça do trabalho.

O TST determinou aumento de 6% para os salários e para o vale-alimentação.Os trabalhadores reivindicavam 10% de reajuste e aumento do vale-alimentação de R$ 171,00 para R$ 320,00. A classe patronal ofereceu 5% de aumento linear para salários e refeição.

Com o impasse, o TRT-PE julgou o dissídio coletivo e concedeu os 10% reivindicados pelos trabalhadores e vale-refeição de R$ 300,00 - agora suspensos. O aumento decidido em dissídio ainda não havia sido recebido pelos trabalhadores, que têm salário inicial de R$ 1.605,00 (motoristas) e R$ 738,00 (cobradores).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.