Motos e churrasco na frente da casa de Lula

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Por Roberto Almeida
Atualização:

A Associação dos Mensageiros, Motociclistas, Mototáxis e Afins de São Paulo (AMM) deve realizar hoje um protesto na frente da residência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A entidade, representada por um grupo de cerca de 150 motociclistas, reivindicará desconto de 50% no seguro obrigatório para motos e isenção de pedágio para a categoria. Também deve denunciar o que chama de "máfia do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran)". Segundo o fundador da AMM, Ernane Pastore, o Denatran fez "vistas grossas" à venda de faixas reflexivas para capacetes. "Não é possível que só três empresas tenham vendido as faixas para um mercado de 8 milhões de motociclistas", afirmou. "Vamos lá levantar nossas bandeiras e esperamos ser recebidos pelo presidente." A AMM busca a atenção de Lula seis meses depois de ter apresentado as mesmas propostas ao Ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Segundo a entidade, Lupi "não deu atenção às demandas e até hoje não deu respostas sobre o que foi pedido". Pastore acredita que terá, por parte do presidente, um "tratamento melhor". Para isso, o grupo promete chegar à casa de Lula ainda pela manhã e realizar um churrasco de confraternização. O protesto será pacífico, garante Pastore, e levará em consideração os estabelecimentos que ficam nas redondezas. "Respeitaremos principalmente o hospital que fica ao lado da casa dele", afirmou Pastore. "Poderíamos ter mobilizado mais de mil pessoas, mas o objetivo não é fazer baderna." Caso Lula realmente desça para conversar com os manifestantes - espera-se que ele passe o dia em casa -, a promessa da AMM é de uma conversa amigável. "Está na hora de o governo federal abrir um canal de comunicação com a gente. Está na hora de o Lula mudar um pouco", declarou. É a terceira vez que a AMM prepara um protesto na frente da casa de Lula. No entanto, apesar das tentativas de contato, os integrantes ainda não foram recebidos pelo presidente. "Como já fomos lá duas vezes e o presidente não deu atenção nenhuma, vamos fazer a casa dele virar o nosso point", avisou Pastore. Ele mandou fazer camisetas personalizadas para o protesto, que serão estampadas com os dizeres "Calçada MotoPoint".

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