MP alertou governo sobre risco de confronto com professores no PR
Ministério Público enviou documento com recomendações a Richa, Francischini e à PM caso houvesse algum tipo de distúrbio
Por Julio Cesar Lima
Atualização:
CURITIBA - O Ministério Público do Paraná enviou, um dia antes da ação policial que resultou em mais de 200 feridos, entre professores e PMs, um documento ao governador Beto Richa (PSDB), seu secretário de Segurança, Fernando Francischini (Solidariedade), e o então comandante-geral da polícia, coronel Cesar Kogut, em que alertava sobre os perigos de um confronto. Neste documento, segundo o MP-PR, estavam recomendações já discutidas anteriormente com o governo, como a "garantia ao direito de manifestações públicas nos arredores da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) com base no livre acesso àquele espaço público".
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Sobre a mobilização em frente à Alep, caso houvesse algum tipo de distúrbio, havia a recomendação de que a "atuação deveria incidir tão somente em relação ao indivíduo que estiver cometendo o ilícito", não de forma coletiva.
Outras cinco recomendações para evitar o conflito também foram encaminhadas. No final do documento, o MP adverte que o "descumprimento da presente recomendação poderá acarretar a responsabilidade dos agentes públicos que deixarem injustificadamente de exercer suas obrigações funcionais".
Em entrevista coletiva um dia após a ação policial, o promotor dos Direitos Humanos Olympio de Sá Sotto Maior disse que todos os detalhes da operação serão registrados para que sejam apontados os responsáveis. "Queremos os detalhes, as ordens, a cadeia de comando em toda a operação."
Por causa disso, o MP continuará colhendo, por mais 20 dias, os depoimentos de pessoas que estiveram no episódio, além de receber vídeos - até agora foram 150 - que ajudem nas investigações para o inquérito que está sendo instaurado.
Em Londrina, uma estudante relatou ao promotor de Defesa dos Direitos Constitucionais Paulo Tavares que foi detida com outros três colegas e levada para uma sala no Palácio Iguaçu, sede do governo do Estado, onde foi obrigada a se despir e só foi liberada após ficar algumas horas em situações constrangedoras. "Não colocaram a mão em mim, mas me fizeram ficar totalmente nua, com as mãos na parede, ouvindo me xingarem", afirmou. A estudante, que foi identificada pela polícia como sendo uma black bloc, foi reconhecida pela Universidade Estadual de Londrina como sendo aluna.
Confrontos em Curitiba
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PM e professores voltam a entrar em confronto no Paraná
Professores e policiais militares entraram em confronto próximo à Assembleia Legislativa do Paraná Foto: Prefeitura de Curitiba
Confrontos em Curitiba
Cerca de 150 pessoas ficaram feridas e algumas delas estão em estado grave Foto: Prefeitura de Curitiba
Confrontos em Curitiba
Ambulâncias do Samu foram acionadas para socorrer os manifestantes feridos Foto:
Confrontos em Curitiba
Os feridos foram levados para o subsolo do prédio da Prefeitura de Curitiba Foto: Prefeitura de Curitiba
Confrontos em Curitiba
O local foi transformado em uma espécie de 'ambulatório' Foto: Prefeitura de Curitiba
Confrontos em Curitiba
Os professores acompanhavam a votação de um projeto na Alep Foto: Prefeitura de Curitiba
PM e professores voltam a entrar em confronto no Paraná
Professores e policiais militares entraram em confronto próximo à Assembleia Legislativa do Paraná Foto: Prefeitura de Curitiba
PM e professores voltam a entrar em confronto no Paraná
Professores e policiais militares entraram em confronto próximo à Assembleia Legislativa do Paraná Foto: Prefeitura de Curitiba
PM e professores voltam a entrar em confronto no Paraná
Os feridos foram levados para o subsolo do prédio da Prefeitura de Curitiba Foto: Prefeitura de Curitiba
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Os feridos foram levados para o subsolo do prédio da Prefeitura de Curitiba Foto: Prefeitura de Curitiba
PM e professores voltam a entrar em confronto no Paraná
Bombas e balas de borracha foram lançadas contra manifestantes; 17 policiais se recusaram a fazer o cerco e foram presos Foto: Prefeitura de Curitiba
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Os feridos foram levados para o subsolo do prédio da Prefeitura de Curitiba Foto: Prefeitura de Curitiba
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Um confronto entre a Polícia Militar e professores em Curitiba na tarde desta quarta-feira, 29, deixou 180 pessoas (a maioria professores) feridas, se... Foto: REUTERS/Joka MadrugaMais
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A prefeitura de Curitiba fala em 200 feridos no total.Quinze deles permanecem hospitalizadas, com ferimentos graves Foto: REUTERS/Paulo Lisboa
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Bombas e balas de borracha foram lançadas contra manifestantes Foto: REUTERS/Joka Madruga