Dez dias depois de receber o inquérito policial sobre o caso, o Ministério Público Estadual decidiu hoje denunciar à Justiça baiana o pastor Silvio Galiza, da Igreja Universal do Reino de Deus, por envolvimento na morte do estudante Lucas Vargas Terra, de 14 anos, que foi assassinado e teve o corpo parcialmente queimado após desaparecer dentro de um dos templos da entidade religiosa, situado no Bairro do Rio Vermelho, em março. O MP pediu a prisão preventiva do pastor. Galiza, que nega o crime e responde o processo em liberdade, não é encontrado em Salvador há um mês, e seus vizinhos acham que ele fugiu para São Paulo. A decisão do MP põe fim à vigília do pai da vítima, Carlos Terra, que praticamente acampou em frente ao prédio do Ministério Público há duas semanas, à espera da denúncia do assassino à Justiça. "Em qualquer lugar do Brasil ou do mundo em que ele (Galiza) estiver, eu vou atrás", disse Carlos Terra, informando que não vai descansar enquanto o acusado não for preso e condenado. Lucas fazia curso de pastor na Igreja Universal e, no dia do crime, telefonou para casa avisando que estava com Galiza, e que chegaria mais tarde. Mas nunca voltou. Seu corpo foi encontrado numa vala da Avenida Vasco da Gama, próximo ao templo da Igreja Universal no Bairro do Rio Vermelho.