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MP do Paraná denuncia 7 por morte do ex-jogador Daniel

Denúncia inclui testemunha que havia beijado a vítima em festa; atleta foi morto em 27 de outubro

Por Julio Cesar Lima
Atualização:

CURITIBA (PR) - O Ministério Público do Paraná (MP-PR) apresentou nesta terça-feira, 27, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, denúncia contra sete pessoas pela morte do ex-jogador do São Paulo, Daniel Correa, em 27 de outubro. Uma delas é a testemunha Evelyn Brisola Perusso, que não estava indiciada. 

Segundo o promotor João Milton Salles, quatro pessoas foram denunciadas por homicídio triplamente qualificado, com motivo torpe, ocultação de cadáver, fraude processual e impossibilidade de defesa da vítima: Edison Brittes, de 38 anos, Ygor King, de 19, David Willians Vollero Silva, de 18, e Eduardo Henrique da Silva, de 19 anos. 

Daniel tinha 24 anos, teve uma passagem pelo Coritiba em 2017, pertencia ao São Paulo e estava emprestado ao São Bento de Sorocaba Foto: Reprodução/Twitter

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Cristiana Brittes, de 35 anos, foi denunciada também por homicídio, além de coação de testemunhas e fraude processual. o promotor afirmou que ela poderia ter tomado outra atitude no momento em que o jovem era espancado.

Já a filha de Cristiana e Edison, Allana Brittes, de 18, foi denunciada por fraude processual, coação de testemunhas e corrupção de menores. Ela teria obrigado a namorada de Silva, Taís, de 17 anos, a participar da faxina da casa. 

Evelyn Perusso, que chegou a trocar beijos com Daniel horas antes do crime e era tratada como uma testemunha do caso, foi denunciada por falso testemunho, ao acusar Eduardo Purkote. Purkote chegou a ser preso por suspeita de participação no crime, mas foi solto na tarde de terça-feira, 27.

O caso

Daniel foi encontrado morto em uma estrada rural na Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais, com o pênis decepado e quase decapitado, após participar da festa de aniversário de 18 anos de Allana Brittes, na casa noturna Shed, em 27 de outubro, em Curitiba.

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Depois de sair da Shed, foi até a casa da aniversariante e acabou flagrado por Edison na mesma cama de Cristiana Brittes, que dormia. Edison o acusou de tentar estuprar a mulher e passou a agredi-lo com a ajuda de outros convidados.

Daniel havia feito fotos ao lado da mulher e enviado para amigos em grupo de WhatsApp. Depois de ser espancado, ele foi levado para a estrada rural, onde foi assassinado.

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