MP do Rio diz que prisão de suspeitos não encerra investigação sobre morte de congolês

Imagens das câmeras de segurança do quiosque onde ocorreu o crime mostram que outras pessoas estavam no local no momento da agressão

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Por Marcio Dolzan
Atualização:

RIO - O promotor Alexandre Murilo Graça, doMinistério Público do Rio (MPRJ), disse nesta quinta-feira, 10, que a prisão de três suspeitos pela morte do congolês Moïse Kabagambe não encerrou a apuração e que existe a possibilidade de outras pessoas virem a responder pelo crime. A declaração foi dada na sede do MPRJ durante encontro com familiares de Moïse.

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"Não podemos antecipar o que será feito para não prejudicar a investigação. Mas todos os fatos relacionados ou correlatos ao homicídio serão investigados e esclarecidos. Estamos diante de um crime bárbaro, daremos uma resposta. O Ministério Público está trabalhando com toda a sua estrutura para levar essas pessoas a julgamento e para prestar auxílio às vítimas", afirmou Murilo Graça, da 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro.

Imagens das câmeras de segurança do quiosque Tropicália, onde ocorreu o crime, mostram que outras pessoas estavam no local no momento da agressão. Algumas delas já foram ouvidas pelos investigadores, e outras ainda estão sendo identificadas.

Segundo parentes,Moise Kabagambe morreu depois de ser agredido por cinco homens após cobrar uma dívida de trabalho em quiosque da Barra da Tijuca. Foto: Facebook/Reprodução

O procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, também esteve no encontro com os familiares do congolês e colocou a estrutura do MPRJ à disposição. "Estamos empenhados, com diversos promotores e procuradores de Justiça e todo o aparato do Ministério Público, para que tenhamos o efetivo esclarecimento do crime e a responsabilização de todos os culpados", declarou Mattos. 

"O MP tinha apenas uma atuação tradicional de promover a responsabilização, a prisão e a conclusão punitiva do caso, mas não havia um olhar para a vítima e seus familiares. Agora, há toda uma estrutura de promoção dos direitos das vítimas que trabalha para acolhimento dos familiares e auxilia na prestação de informações sobre a investigação."

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