PUBLICIDADE

MP pede arquivamento de processo contra ex-chefe da Polícia Civil do Rio

Para promotoria, não há provas que Allan Turnowski tenha avisado acusado sobre operação da PF

Por Priscila Trindade e Tiago Rogero
Atualização:

SÃO PAULO - O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu o arquivamento do inquérito contra Allan Turnowski, ex-chefe de Polícia Civil, por violação de sigilo profissional. Ele foi indiciado por supostamente ter ligado para o inspetor de polícia, Christiano Gaspar Fernandes, e avisado sobre uma investigação da Polícia Federal.

 

PUBLICIDADE

O inquérito da PF dizia que Turnowski vazou informações que possibilitaram a fuga do sargento reformado da PM Ricardo Afonso Fernandes, o Afonsinho, um dos chefes da milícia que atua na Favela Roquete Pinto, em Ramos, na zona oeste do Rio. O alerta teria sido feito em um telefonema de Turnowski ao filho de Afonsinho, o inspetor da Polícia Civil Christiano Gaspar Fernandes, também alvo da operação.

 

O MP-RJ considerou que não há provas de que o ex-chefe da polícia tivesse conhecimento prévio da Operação Guilhotina, e nem de que ele tenha tentado facilitar a fuga de Fernandes e Afonsinho. As ligações telefônicas que resultaram no indiciamento Turnowski ocorreram em novembro de 2010, e a deflagração da referida operação ocorreu em 11 de fevereiro de 2011. 

 

Para o MP "seria ilógico que sabendo que alguém é alvo de monitoramento, que se diga para a pessoa através do telefone, que ela está sendo monitorada".

 

O pedido, divulgado hoje pela assessoria de imprensa do MP-RJ, tem data de 9 de maio e foi assinado pelos promotores de Justiça Homero das Neves Freitas Filho, Márcio José Nobre de Almeida e Alexandre Murilo Graça.

 

A Operação Guilhotina levou à prisão 40 pessoas, sendo 30 policiais civis e militares. No último dia 19 de abril, a 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) concedeu habeas corpus para todos os envolvidos. 

 

 

Atualizado às 13h13

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.