MP vai apurar falhas no caso e PM faz reunião com a FAB

PUBLICIDADE

Por Rubens Santos e GOIÂNIA
Atualização:

O Ministério Público Federal (MPF) vai investigar a possibilidade de falhas de órgãos federais na queda do monomotor, segundo o procurador da República Raphael Perissé. "Deve-se estabelecer se houve ou não falhas na segurança do espaço aéreo brasileiro." "Precisamos saber qual foi a responsabilidade do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) e do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra) no caso", completou o também procurador Marcello Santiago Wolff. "Porque o Mirage - caça da Força Aérea Brasileira (FAB) - só faria a segurança de Brasília no episódio?" Já o comandante-geral da Polícia Militar de Goiás, coronel Carlos Antonio Elias, convocou para a próxima semana uma reunião extraordinária para analisar o ataque ao shopping e estabelecer ações preventivas para casos semelhantes. "Eu fiz o percurso que ele (Kléber Barbosa da Silva) fez, verifiquei locais onde deu os rasantes e conclui que uma enorme tragédia poderia ter ocorrido", disse ontem o coronel. O militar explicou que nessa reunião extraordinária serão destacadas as vulnerabilidades daquela área e definidas algumas medidas conjuntas com as forças de segurança, sobretudo a FAB. Trata-se do segundo caso do gênero em Goiás. Em 29 de setembro de 1988, o maranhense Raimundo Nonato Alves da Conceição sequestrou um Boeing 737 da Vasp, em Belo Horizonte, e desviou para Brasília, onde pretendia lançar a aeronave sobre o Palácio do Planalto. Levado para Goiânia, atirou na perna do comandante Fernando Murilo de Lima como retaliação. Acabou detido e morto pela Polícia Federal.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.