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MPE vai investigar contratos em todo o Estado

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Por Marcelo Godoy
Atualização:

O Ministério Público Estadual (MPE) decidiu investigar em todo o Estado os contratos mantido por 11 empresas acusadas de formar a chamada máfia da merenda escolar. Comunicado feito pela promotora Adriana Ribeiro Soares de Morais, que coordena os promotores que atuam na área de Cidadania, Tutela Coletiva e Patrimônio Público, lista as cidades com as quais as empresas suspeitas mantém contratos. São 32 cidades só no Estado de São Paulo - há ainda municípios do Paraná, Minas e Rio Grande do Sul. Um dossiê sobre as investigações feitas pela promotoria de Justiça da Cidadania de São Paulo e pelo Grupo Especial de Delitos Econômicos (Gedec) está à disposição dos promotores para instruir possíveis ações em cada município em que as empresas atuam. A estratégia do MPE é a mesma utilizada em dezembro contra as empresas acusadas de compor a máfia dos parasitas, que teriam cometido fraude de R$ 100 milhões em centenas de licitações em prefeituras e no governo do Estado para o fornecimento de medicamentos, material hospitalar e prestação de serviços. A decisão da Prefeitura de São Paulo de fazer nova licitação e manter a terceirização da merenda ainda não foi informada oficialmente aos promotores que investigam o caso. "Não quero me manifestar e prefiro esperar a resposta da Prefeitura. Quero lembrar que existem estudos mostrando que a terceirização é ilegal. Caso isso se confirme, o Ministério Público se verá obrigado a tomar medidas drásticas em relação às autoridades envolvidas, pois essa situação não atende o interesse público", disse o promotor Silvio Antônio Marques. Ele explicou que a apuração do MPE deve continuar. Para ele, o mal maior é "a merenda de péssima qualidade que era servida para as crianças".

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