PUBLICIDADE

MPF vai investigar se há falhas no tráfego aéreo na região do acidente

Procurador diz que pedido é para averiguar as condições reais do tráfego aéreo. Causas do acidente devem ser esclarecidas em inquérito das polícias Civil e Federal

Por Agencia Estado
Atualização:

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento administrativo para investigar possíveis irregularidades no tráfego aéreo na região em que ocorreu o acidente com o Boeing 737-800 da Gol e o jato executivo Legacy, da Embraer, dia 29 de setembro, no norte de Mato Grosso, que causou a morte de 154 pessoas. A decisão do procurador-chefe da Procuradoria da República, Gustavo Nogami, ocorreu no começo do mês após coletar informações da Comissão de Acidentes Aéreos, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e da Polícia Civil que apuram as causas do acidente. "Queremos descobrir se há falhas no controle do espaço aéreo para que medidas sejam tomadas", disse Gustavo Nogami. O procurador fez questão de esclarecer que o procedimento administrativo não ocorreu em função das críticas do jornalista americano Joe Sharkey, que estava no Legacy no momento do acidente, para provocar o MPF. Em seu blog, entrevistas e reportagens de sua autoria, Sharkey levanta suspeitas sobre a eficiência do controle do espaço aéreo na Amazônia. "O que existe é um histórico de acidentes, não necessariamente fatais, naquela região e que precisa ser esclarecido", comentou ele. Ele esclareceu que o seu pedido é apenas para averiguar as condições reais do tráfego aéreo. As responsabilidades sobre as causas do acidente devem ser esclarecidas em inquérito das polícias Civil e Federal. "Não apuro responsabilidade de ninguém. O meu intuito é realizar um diagnóstico de tráfego aéreo brasileiro. E se existir alguma falha, corrigi-la", afirmou ele.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.