Um grupo com mais 56 líderes da rebelião do dia 14 na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, foi transferido neste sábado para a recém-inaugurada Unidade Prisional de Naviraí, no extremo sul do Estado. Outros 17 haviam sido transferidos de outras duas unidades na quarta e sexta-feira. A intenção do governo do Mato Grosso do Sul é desmobilizar os presos. Um forte esquema de segurança foi montado para transferir os líderes, ligados à facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Policiais acompanharam o comboio de 30 veículos. Um helicóptero da Polícia Federal, com atiradores de elite, sobrevoou a caravana. Telefones Logo após a saída dos detentos começou uma vistoria geral no presídio para o recolhimento de celulares. Em seguida funcionários da empresa telefônica começaram a retirada de todos os telefones públicos (orelhões) instalados na frente da penitenciária e no saguão de recepção de visitas. A operação, iniciada às 7h deste sábado, estava sob sigilo. Segundo autoridades estaduais, as transferências estavam sendo feitas desde quarta-feira. Foram selecionados 73 presos considerados integrantes ou simpatizantes do PCC. Na quarta-feira seis internos de Três Lagoas, na divisa com São Paulo, foram levados para Naviraí, e sexta outros onze de Dourados foram transferidos para o mesmo local. A medida é para tentar desmobilizar os presos. O bloqueio de telefones no complexo penitenciário de Campo Grande, por pelo menos 30 dias, atende a determinação judicial. O Estado também solicitou a presença de homens da Força Nacional de Segurança, que devem, a partir da próxima semana, ajudar na segurança nas áreas próximas aos presídios. Duzentos homens da tropa de elite devem ficar em Mato Grosso do Sul por tempo indeterminado.