
27 de agosto de 2011 | 00h00
Após a desocupação, os sem-terra seguiram em comboio para Bauru e realizavam um ato público, no final da tarde de ontem, na Praça D. Pedro II, região central da cidade. Eles denunciaram a grilagem de terras na região e pediram assentamentos para as famílias acampadas. Uma parte do grupo participou de uma audiência pública na Câmara dos Vereadores. O comando da Polícia Militar informou que a mobilização foi pacífica, apesar de ter tumultuado o trânsito.
De acordo com Judite Santos, da coordenação estadual do MST, a luta para a retomada das terras públicas vai continuar, mas as próximas ações ainda não foram definidas. A invasão da Cutrale fez parte da jornada nacional de lutas do movimento. Durante os cinco dias, os trabalhadores da empresa foram impedidos de fazer a colheita de laranja e muitos frutos se perderam no pé. A Cutrale informou que fará um levantamento de eventuais prejuízos.
Em 2009, a fazenda já havia sido tomada pelos sem-terra. Na ocasião, integrantes do MST destruíram 12 mil pés de laranja e depredaram as instalações. O prejuízo foi de R$ 1,2 milhão.
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