MST volta a invadir fazenda de Jader

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A direção do MST anunciou a ?reocupação? da fazenda Chão de Estrelas, pertencente ao presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA). A fazenda foi invadida pela primeira vez no início de maio. A área de propriedade de Jader, superior a 4 mil hectares, fica em Aurora do Pará, no leste do Estado. Cerca de 1.500 pessoas, segundo o movimento, retornaram ao local no início da manhã, avisando que de lá não pretendem mais sair. Em nota divulgada no final da tarde, o MST afirmou que os últimos escândalos envolvendo Jader, as suspeitas de irregularidades na Sudam e a venda suspeita de Títulos da Dívida Agrária justificam a nova invasão. A superintendente do Incra em Belém, Maria Santana Tavares da Silva, informou ao Estado estar surpresa com a invasão, mas disse que o MST não tinha motivo para retornar ao local. "O Incra está cumprindo seu acordo com o MST, de desapropriar uma entre cinco áreas, que seria escolhida pelo movimento, para assentar os lavradores que haviam saído em maio da Chão de Estrelas". O MST afirma que as famílias não aceitaram as áreas oferecidas pelo Incra porque ficavam muito distantes da rodovia principal, o que iria prejudicar o escoamento da produção agrícola. Após saírem em maio da fazenda, os sem-terra foram transferidos, pelo Incra, para o Assentamento Candiru, que fica em frente às três fazendas do senador. Santana rebate a alegação do MST, afirmando que o Incra ofereceu três áreas localizadas às margens da rodovia PA-156, que liga os municípios de Paragominas e Tomé-Açu. "Na próxima semana vamos oferecer outra fazenda, no km 90 da Belém-Brasília", disse. O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mauro Calandrine, foi taxativo: "Não vou fazer nada para tirar esse pessoal de lá, só se houver ordem judicial. O que o MST quer é provocar para que a gente entre, bata ou mate, mas eles estão enganados, porque não vamos fazer nada disso". De acordo com Incra, a fazenda de Jader é produtiva e está regularizada perante o órgão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.