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''Mudei para apartamento por achar seguro''

Morador de prédio invadido em Perdizes já havia sido assaltado em casa

Por Mônica Cardoso
Atualização:

Mais precavido. É assim que se define o jornalista Guy Corrêia, de 42 anos, após o arrastão em seu prédio no bairro de Perdizes, na zona oeste, há uma semana. Antes de entrar na garagem do edifício, ele observa com bastante atenção o movimento na rua. Se notar algo suspeito, dá uma volta no quarteirão. "Não chego ao ponto de ser neurótico por segurança, mas estou bem mais cauteloso", conta. Corrêia se mudou para o edifício em busca de mais segurança, depois que o sobrado onde morava, também na região, foi assaltado. O prejuízo foi grande, já que, além de moradia, a casa também abrigava sua pequena empresa de comunicação. Os assaltantes levaram eletrodomésticos, computadores, aparelho de fax e até seus livros. Ele colocou cadeados e alarmes na casa, mas mesmo assim se sentia inseguro. "Me mudei para um apartamento porque achava que teria mais segurança. Antes me sentia 100% seguro, mas depois do arrastão, não posso dizer isso. Você escuta um barulho e fica imaginando o que pode ser." O condomínio já contratou mais vigilantes e deve fazer uma reunião nesta semana para definir novas estratégias, como a instalação de mais câmeras e alarmes. No edifício da Rua Oscar Porto, no Paraíso, o porteiro disse que o condomínio discute a troca da cerca elétrica. A reportagem visitou outros edifícios que sofreram arrastão neste ano, nos Jardins, na zona sul, e em Higienópolis e na Lapa, na zona oeste, mas nem síndicos nem moradores quiseram falar sobre o assunto.

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