PUBLICIDADE

Mulher é acusada de matar namorado envenenado em Recife

Jadilúcia teria confessado à polícia que deu raticida a Fábio após ser presa, tentando fugir para outra cidade

Por Ângela Lacerda
Atualização:

Num crime que, segundo a polícia civil pernambucana, foi premeditado, a técnica de laboratório desempregada Jadilúcia Fátima da Silva, de 29 anos, matou o namorado Fábio de Souza, de 25, oferecendo-lhe uma sopa em que colocou um veneno de venda ilegal conhecido como chumbinho, usado como raticida. O crime ocorreu na sexta-feira à noite e só foi descoberto na noite do dia seguinte, porque o filho de 7 anos de Jadilúcia - de um relacionamento anterior - foi solicitado a ajudar a mãe a esconder o corpo e contou ao pai, que procurou a polícia. De acordo com a família de Fábio, cujo corpo foi enterrado no domingo, 26, no Cemitério de Santo Amaro, área central do Recife, ele e Jadilúcia namoravam há cerca de três anos e tinham um relacionamento marcado por brigas e agressões. Eles moravam próximos, na Vila 27 de Novembro, no bairro do Ibura. Também no domingo, Jadilúcia foi encaminhada para a Colônia Feminina Bom Pastor, no Recife, depois de ter sido presa em um ônibus, tentando fugir para Escada, na zona da mata sul. Se condenada por homicídio qualificado, poderá pegar uma pena de 10 a 30 anos de prisão. O delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Joselito Amaral, informou nesta segunda-feira, 27, que Jadilúcia confessou o crime e contou ter comprado o veneno na quarta-feira. Ela teria chamado Fábio para ir à sua casa na sexta-feira à noite, onde dormiu depois de tomar a sopa. A quantidade de veneno não foi suficiente para matá-lo e ele teria acordado, agonizante, por volta das 2h30 da madrugada do sábado, quando teria recebido uma segunda dose, desta vez letal. A criança assistiu à agonia de Fábio e ajudou a mãe a jogar o corpo numa ribanceira próxima de casa. Depois Jadilúcia cobriu o cadáver com palhas e lixo. Traumatizado, o menino contou o ocorrido ao pai e ajudou a polícia nas investigações.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.