Mulher é libertada após 25 horas em poder do ex-marido no Paraná

Homem de 28 anos que estaria inconformado com o término do casamento foi preso

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Por Chico Siqueira
Atualização:

ARAÇATUBA - Depois de 25 horas de negociação, terminou nesta quarta-feira o seqüestro da auxiliar de produção Jéssica Tatiana Soares, 20 anos, que era mantida refém pelo ex-companheiro, o pedreiro Ademilson Henrique Vieira, 28, na cidade de Paranavaí, região Noroeste do Paraná. Inconformado com o fim do relacionamento, Vieira rendeu Jéssica às 15h40 de terça-feira e só foi libertá-la às 17h05 de quarta, após intensas negociações, que tiveram início na tarde de terça, invadiram a noite e madrugada e terminaram na tarde desta quarta.

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De acordo com a assessoria de imprensa da PM, Vieira -que não tem passagens pela polícia-- rendeu Jéssica quando ela voltava do trabalho, dentro do ônibus fretado pela empresa. Ele aproveitou uma das paradas para entrar no veículo, e com um revólver calibre 38, obrigar Jéssica a ir até a casa onde moravam, no jardim São Jorge, região central de Paranavaí. Ao presenciar a cena, passageiros e o motorista do ônibus chamaram a polícia.A casa foi cercada e o coronel Antonio Olimpio Ramires Lima, comandante do 8º Batalhão da PM em Paranavaí, iniciou as negociações.

De madrugada, Vieira chegou a concordar em libertar Jéssica, mas a moça se recusou a sair porque temia que seu ex-companheiro se matasse. Porém, em seguida, Vieira voltou a ameaçar matar a moça e a se matar. Às 17h05 convencido pelo coronel e pela presença do irmão, Vieira se entregou e libertou a ex-companheira. Na saída, Jéssica contou aos jornalistas que seu companheiro não a agrediu.

Segundo o superintendente da Delegacia de Polícia de Paranavaí, André Eberle, o pedreiro ficará preso na carceragem na própria delegacia e vai responder pelos crimes de seqüestro qualificado e porte de arma; o primeiro prevê punição de três a oito anos de reclusão e o segundo, de dois a quatro anos reclusão.

O texto foi atualizado às 19h37. 

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