Mulher nega ter matado "Rei do Armarinho"

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Por Agencia Estado
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De roupa preta, um terço nas mãos, salto alto e sem algemas, Emilie Daud Sarruf, de 44 anos, negou nesta quinta-feira ter assassinado o marido, Sérgio Afif Sarruf, de 46 anos, proprietário da loja Rei do Armarinho. Presa no 89º Distrito Policial desde 30 de outubro, dia do crime, Emilie foi interrogada nesta quinta pelo juiz Vicente Luis Ádua, do 1º Tribunal do Júri. Na fase policial, ela permaneceu em silêncio. Emilie é acusada de ter matado o marido com um tiro na cabeça. Horas antes ela teria colocado veneno de rato no café da vítima. Cinco dias antes do crime, ela já teria envenenado o marido, que chegou a ser internado, mas sobreviveu. O crime aconteceu no sobrado da família, na Alameda dos Araés, Planalto Paulista, zona sul de São Paulo. Emilie disse ao juiz que houve um assalto. Foi ela quem abriu a porta para os ladrões, sem saber que se tratava de um roubo. A empregada da casa e o vigia afirmaram à polícia que não viram ninguém entrar. "Já havia ocorrido um assalto na casa, e o vigia, que fica na rua, também não viu nada naquela ocasião", disse a advogada de Emilie, Alexandra Lebelson Szafir. Na noite do crime, policiais flagraram a acusada tentando esconder uma sacola com uma arma, remédios, veneno Racumim para ratos, uma luva branca e outra vermelha. Ao juiz, Emilie disse que colocou na sacola peças de roupa que ia vestir, sem saber o que havia nela. Segundo o promotor Marcelo Rovere, a versão da acusada, "por enquanto, não convence". O depoimento das testemunhas de acusação será no dia 17. A defesa pediu novamente a liberdade provisória de Emilie, que será decidida pelo juiz após manifestação do promotor.

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