Mulheres de PMs bloqueiam quartéis em Curitiba

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Por Agencia Estado
Atualização:

Mulheres de policiais militares do Paraná voltaram a fechar quartéis em Curitiba. A movimentação começou na noite de ontem, quando algumas delas se concentraram em frente aos 12º e 13º batalhões e no comando geral. Elas esvaziaram os pneus das viaturas que estavam na rua e acamparam nos portões, não permitindo a entrada e saída de carros. A entrada do Centro de Manutenção, onde as viaturas são abastecidas, também foi barrada. O policiamento na capital paranaense foi prejudicado. Segundo as mulheres, o governo havia prometido uma gratificação de 130%, que seria dividida em três parcelas (janeiro de 2003, 2004 e 2005). "Queremos redução nos prazos", disse Ilsilene Maria de Paula, uma das 20 mulheres que promovem a manifestação. O comandante da Polícia Militar, coronel Gilberto Foltran, preferiu não comentar porcentagem, mas afirmou que o governo está finalizando um projeto de lei para remeter à Assembléia Legislativa, restabelecendo a gratificação, que foi cortada. De acordo com ele, uma antecipação das parcelas poderia ser negociada com o novo governo. O bloqueio no 12º Batalhão foi abandonado ontem, mas cerca de 40 carros tiveram os pneus esvaziados. No 13º Batalhão e no comando geral, a manifestação estendeu-se durante o dia. No início da manhã, as mulheres utilizavam os rádios dos carros para se comunicar, interferindo na troca de informações entre os policiais. "Quem deve segurança é o governo do Estado", disse Ilsilene. "Se o governo não paga bem, eles (policiais) têm o direito de se manifestar." O comandante da PM afirmou que no princípio houve muitas dificuldades de adequação aos problemas causados pelo bloqueio, sobretudo porque alguns pneus tinham sido furados. "Ainda há dificuldade, mas a tropa está conseguindo trabalhar", disse o coronel Foltran no fim da tarde. Ele garantiu que as mulheres não serão retiradas da frente dos quartéis. Segundo o coronel, a Polícia Militar tem outras alternativas para suprir a ausência das viaturas que não puderem ir para as ruas.

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