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Municípios protestam contra proibição de guardas armadas

Por Agencia Estado
Atualização:

Prefeitos e vereadores paulistas fazem pressão pela revisão do Estatuto do Desarmamento, que veta o uso de armas às guardas municipais de cidades com menos de 50 mil habitantes. Reunidos no 48.º Congresso Estadual dos Municípios, em Campos do Jordão, eles aprovaram uma resolução contestando a proibição e pedindo a extensão da autorização para todos as cidades. A Associação Paulista dos Municípios (APM), promotora do evento, já se colocou frontalmente contra a proibição. "Em época de grande violência, o guarda civil não pode andar apenas com cassetete nem em cidades pequenas", afirmou o presidente da APM e prefeito de Osasco, Celso Giglio. A versão original da lei liberava armas só para cidades com mais de 250 mil pessoas, mas MP editada logo após a publicação da lei permitiu que municípios com mais de 50 mil habitantes pudessem usar armamento. Na segunda-feira, o senador Romeu Tuma (PFL) foi ao congresso. Ele tem um projeto em tramitação na Câmara que estende a autorização a todas as cidades. Para se articular com a pressão dos guardas, que percorreram na terça-feira gabinetes dos senadores, os participantes do congresso vão enviar a resolução para cada senador. No Senado, os parlamentares tentam regulamentar a MP, de autoria do Executivo, que liberou as armas para as guardas dos municípios mais populosos. No fim do evento, nesta sexta-feira, os prefeitos vão divulgar uma carta com as propostas do congresso.

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