Na 2ª noite de SP, campeãs de 10 anos de carnaval

Mocidade Alegre, Vai-Vai, Gaviões da Fiel e Império de Casa Verde, as vencedoras das últimas disputas, fecharam a festa na capital paulista

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Pérola zen O lado zen-cabeça da Vila Madalena foi visto na Pérola Negra - que foi à Índia -, com carros em louvor a entidades como Ganesha e uma ala com mulheres de sáris e coreografia da dançarina Uma Sharma. Fantasias com folhas e sem penas de aves deram tom politicamente correto. Caricaturas na Leandro A escola de Itaquera homenageou a atriz Regina Casé e narrou a vida na periferia. Uma das alas, bem no clima da atual crise econômica, tinha como adereço da fantasia uma grande carteira de trabalho. Quando era aberta, mostrava a caricatura do componente que a levava. Tucuruvi nas alturas A escola surpreendeu ao apresentar um abre-alas com componentes suspensos por cabos de aço. Vestidos de anjos, eles pareciam voar. Milhares de anjos enfeitavam fantasias e carros alegóricos da escola, cujo tema era a cidade de Ouro Preto (MG). Só a madrinha da bateria, Sheila Mello, não tinha nada de anjo. O ator Milton Gonçalves representou o lendário personagem mineiro Chico Rei. Romance em alta na Mocidade Faz tempo não se ouvia um samba-enredo tão bonito como o da Mocidade Alegre. O desfile agradou aos mais românticos. Com alas de noivas e dos homens de lata do Mágico de Oz, os ritmistas da bateria se agachavam e faziam o formato de coração depois das paradinhas. No carro que retratava a saúde do coração, o jogador Washington, do São Paulo, desfilou em uma esteira ergométrica, enquanto os componentes ao seu lado, inclusive alguns bem gordinhos, passaram o desfile pedalando uma bicicleta ergométrica. Império traz carro histórico Conhecida pelo capricho nas fantasias e alegorias de seus desfiles, a Império de Casa Verde encerrou o desfile quando já amanhecia deixando a plateia boquiaberta: o tigre, símbolo da escola, fazia parte do maior carro alegórico da história do carnaval paulistano, 100 metros de extensão, e era o único que produzia som. Ao abrir a boca, o tigre urrava. Da boca do tigre também saíram bexigas azuis e brancas, as cores da escola. Rodas na Gaviões Carros e fantasias da Gaviões da Fiel se destacavam em comparação às demais escolas. O enredo sobre rodas homenageou o piloto Ayrton Senna. O gavião do abre-alas tinha turbinas e patas com rodas. A comissão de frente fazia acrobacias com rodas de aço e um dos carros trouxe um globo da morte. Saúde na Vai-Vai O senador Eduardo Suplicy e o secretário municipal dos Esportes, Walter Feldman, desfilaram na Vai-Vai. Cantando a saúde, o abre-alas abordava a importância da água e seu chafariz molhava a passarela. Outro carro, sobre poluição das indústrias, soltava fogo por chaminés e esquentava o Anhembi. Micróbios, baratas e mosquitos eram parte do show.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.