31 de julho de 2011 | 00h00
Entre todos os meios de comunicação não alinhados, o governo Kirchner escolheu como principal alvo o jornal Clarín, que entre 2003 e 2008 havia sido seu aliado. Segundo o governo, o jornal, com ruralistas e empresários, está por trás de suposta "tentativa" de golpe de Estado.
Nestor Kirchner - considerado até sua morte, em outubro passado, o verdadeiro poder no governo da mulher - desencadeou uma campanha para convencer a opinião pública de que a dona do jornal, Ernestina Herrera de Noble, era protagonista do sequestro de bebês de desaparecidos da ditadura. Seus filhos adotivos, Marcela e Felipe, segundo o governo, eram filhos de casais torturados e assassinados pelo regime militar. Exames de DNA, no entanto, finalmente comprovaram que os irmãos Nobles - nascidos oficialmente entre março e julho de 1976 - não são os bebês sequestrados.
Enquanto os meios de comunicação críticos sofrem pressões, aliados de Cristina Kirchner começaram a comprar canais de TV, jornais e rádios. A oposição diz que o governo está fortalecendo sua própria estrutura de comunicação com empresários aliados.
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