
08 de setembro de 2009 | 15h44
"Nunca vimos nada assim antes!". A frase foi pronunciada na manhã desta terça-feira, 8, por Orlando Walfart, prefeito de San Pedro, na província de Misiones, no Nordeste da Argentina, ao ver o cenário de destruição provocado por um tornado que arrasou o pequeno município, de menos de 20 mil habitantes.
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A cidade registra 10 mortes por causa do tornado, a maioria crianças. Além disso, 51 pessoas ficaram feridas - 18 em estado grave. Os feridos foram transportados para hospitais da cidade de Eldorado.
A tempestade começou após as 22 horas de segunda-feira e atingiu a cidade ao longo da madrugada desta terça-feira. San Pedro, localizada no nordeste da província de Misiones, no Nordeste da Argentina, próxima à fronteira do Paraná e Santa Catarina, é uma humilde região agrícola.
Segundo Walfart, no meio do tornado, os fortes ventos arrancaram um bebê dos braços de sua mãe. As testemunhas indicaram que o tornado carregou animais, além de derrubar árvores e postes de luz.
"Uma catástrofe" foi a definição do ministro da Saúde, Juan Manzur, que viajou para San Pedro, para coordenar pessoalmente os trabalhos de assistência à população da arrasada cidade. Manzur sustentou que a faixa de destruição do tornado oscilou entre 100 e 200 metros de largura.
Cento e vinte famílias perderam suas casas. Diversas famílias da região são compostas por lavradores brasileiros que residem há anos do lado argentino da fronteira e seus descendentes.
O tornado - que derrubou torres de alta tensão - também destruiu o centro de saúde de um dos distritos de San Pedro, Colônia Santa Rosa. As testemunhas, em declarações aos canais de TV e estações de rádio de Misiones, indicaram que o centro, inaugurado há três anos, havia sido totalmente "apagado do mapa". Segundo eles, o terreno do centro de saúde "parecia um baldio".
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