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Na balada, CO supera nível da Avenida Paulista

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Por Redação
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De todos os locais em que foram realizadas medições de monóxido de carbono (CO) entre a manhã de quarta-feira e a madrugada de sexta, não houve páreo para as baladas. Nas pistas de dança, os níveis do gás foram iguais ou superiores ao de ruas e avenidas movimentadas (e poluídas) da capital - com a simples diferença de que a exposição dos baladeiros ao CO é prolongada, por quatro, cinco horas na noite. Na casa noturna Funhouse, na Consolação, o nível de CO registrado chegou a 14 ppm (partes do gás por milhão) - concentração mais alta do que em pontos de ônibus de linha do Terminal Rodoviário da Barra Funda (10 ppm) e na Avenida Paulista às 18 horas (13 ppm). Para que o nível seja considerado nocivo a todas as faixas da população, basta ultrapassar os 9 ppm. A situação se repetiu em pontos conhecidos da noite paulistana como o Vegas Club, na Rua Augusta, onde o aparelho chegou a 11 ppm à 0h30 de sexta-feira (havia cerca de 350 pessoas no local). Perto dali, na Sarajevo (170 pessoas naquela noite), a medição chegou a 10 ppm. No Studio SP, também na Augusta, o baixo movimento na madrugada de sexta-feira (cerca de 150 pessoas, em um espaço para quase 450 pessoas) garantiu níveis baixos de monóxido de carbono, entre 5 e 6 ppm. Os responsáveis pelo Vegas Club e Sarajevo ainda não decidiram o que será feito para se adaptar à nova lei. O Studio SP deve criar uma área cercada para fumantes na frente da casa, isolada dos outros ambientes. Na marquise do Ibirapuera e no vão livre do Masp, a medição mostrou que a fumaça se dissipa quase que imediatamente, mesmo com pessoas fumando perto dali. No Ibirapuera, com medição realizada ao lado de um casal de fumantes, o nível de CO não passou dos 3 ppm. No Masp, o nível ficou entre 4 e 7 ppm. Segundo a Secretaria de Estado da Justiça, será permitido fumar nesses locais, por permitirem a entrada de ar pelas laterais.

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