Na confusão da indenização, bancários ficam retidos em agência

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Por Agencia Estado
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Após um dia de tentativas, o pagamento das indenizações às vítimas do desabamento do edifício Palace 2 permanecia indefinido até o fim da noite desta terça-feira. O advogado das vítimas, Nélio Andrade, passou quase seis horas em uma agência do Banco do Brasil no prédio do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio, mas no local havia apenas R$ 50 mil. Por volta das 20h30, ele seguiu para a Agência Central do Banco do Brasil, no Andaraí. Acompanhado por 20 policiais militares em cinco carros e um oficial de Justiça, Andrade disse aos seguranças da tesouraria do banco que se a porta não fosse aberta seria arrombada. ?Vamos à tesouraria. Se eles não abrirem, vamos arrombar?, afirmou. O objetivo era pegar os R$ 950 mil que faltavam. Segundo Andrade, os funcionários do Banco do Brasil que trabalham na agência do TJ permaneceriam retidos por ordem judicial até que o pagamento fosse efetuado. Antes de o advogado deixar o TJ, houve um tumulto, pois integrantes da diretoria do Sindicato dos Bancários e representantes da OAB-RJ estiveram na agência mas sua entrada não foi permitida. ?Isto é cárcere privado. Solicitamos a presença da polícia. A gente não sabe se o que está acontecendo é um roubo ou um sequestro. Os trabalhadores estão presos, e o Sérgio Naya está solto?, disse o presidente do sindicato, Vinícius de Assunção. Ele reclamou porque a ordem judicial não teria sido apresentada. Entre 15 e 20 funcionários ficaram retidos. Representantes de pelo menos 9 famílias de vítimas do desabamento também ficaram durante todo o tempo na agência. ?A determinação judicial é que apareça esse dinheiro hoje. O banco do Brasil ficou enrolando e debochou do Judiciário estadual?, disse Andrade. Leia também: Vítimas do Palace 2 ainda não receberam indenização Vítimas e União na disputa pelo dinheiro de Sérgio Naya

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