Na Europa, filhos adultos não têm direito à regalia

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Por Jamil Chade e Andrei Netto
Atualização:

Na Europa, vários países preveem a concessão de passaportes diplomáticos para ex-presidentes, suas mulheres ou maridos e filhos menores de idade. Aos 18 anos, porém, precisam atuar como um cidadão qualquer e viajar apenas com passaportes comuns. Netos não têm nenhum benefício. Esses são os casos da Alemanha e da Espanha.Na Suíça, a assessoria de imprensa do governo chegou a perguntar à reportagem do Estado o motivo de manter um passaporte diplomático para um filho de ex-presidente. "Por que daríamos esse benefício a um parente de um ex- político?", questionou um assessor, ao ser informado sobre o caso do ex-presidente Lula.Na França, passaportes diplomáticos podem ser estendidos à mulher e aos filhos de um beneficiário desse status. Mas outros familiares adultos não desfrutam da mordomia.A título de cortesia, o governo francês atribui o passaporte diplomático a ex-presidentes da República, ex-primeiros-ministros, ex-ministros das Relações Exteriores e ex-embaixadores. O passaporte diplomático pode igualmente ser concedido aos cônjuges ou parceiros em união estável do titular de tal regalia, bem como a seus filhos menores.Segundo um alto diplomata francês consultado pelo Estado, não há casos conhecidos no país de abusos na concessão desses passaportes. "Passaporte diplomático não garante imunidade diplomática, que só é válida no exercício de missão. Na verdade, não há vantagens nesse passaporte além de furar a fila no aeroporto."

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