Após mais de duas horas, o advogado e tutor de Suzane von Richthofen, Denivaldo Barni Júnior, deixou a sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) à 0,17 desta terça-feira. Ao sair, o advogado disse que Suzane estava chorosa e muito cansada. Barni Júnior continua afirmando que Suzane é uma menina abandona pela família. "O irmão a abandonou, o tio a abandonou, a avó vive sob influência do tio. Eles não dão o mínimo de alimentação e moradia para ela", disse o advogado. Ele afirmou ainda que o irmão e o tio tentam prejudicar Suzane. "O advogado contratado pelo tio trabalha como um assistente do Ministério Público", alfinetou. Barni Júnior não disse se Suzane será transferida nesta terça para o presídio. Questionado sobre o que provocou a prisão de Suzane, o advogado disse não saber e que a considera injusta. "Continuo confiando nos meus advogados e passarei a noite falando com eles", completou. Mal-entendido Suzane se apresentou no 89º Distrito Policial, no Morumbi, por volta das 19h30. Na delegacia, Barni, afirmou que o que aconteceu na entrevista dada à Rede Globo foi um mal-entendido. "Era uma conversa que estava acontecendo dentro do carro. Estava querendo dizer a ela que está na hora dela chorar para o irmão, para ter moradia e alimentação", disse Barni. Na manhã de segunda-feira, ainda segundo o tutor, Suzane passou mal e foi encaminhada a um hospital nas imediações da Vila Mariana. Suzane teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Richard Francisco Chequini, após quase um ano de liberdade. O mandado atende a pedido do promotor Roberto Tardelli e foi feito com base em reportagem publicada com exclusividade pelo Estado no sábado, informando que ela queria cuidar do patrimônio da família.