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Na TV, Alckmin homenageia professor e Lula fala de investimentos

O tucano também destacou seu desempenho no governo do Estado de São Paulo. E Lula fez comparações entre sua gestão e a de seu antecessor, FHC

Por Agencia Estado
Atualização:

No horário eleitoral gratuito da noite deste sábado, o candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB) aproveitou o Dia do Professor, a ser comemorado neste domingo, 15, para abordar o tema educação. Já o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou investimentos feitos pelo governo federal na área de infra-estrutura em cada uma das cinco regiões brasileiras. Histórico de Lula O programa petista teve início com um pequeno histórico do candidato, citando a sua vinda de Pernambuco para São Paulo, aos sete anos, e com a referência às desigualdades regionais. "Temos conseguido diminuir essas diferenças. Como presidente tenho andado por todas as regiões, conversado com as pessoas e ouvido o drama de muita gente. Por isso, fiz da luta contra a desigualdade, seja a desigualdade entre as pessoas, seja a desigualdade entre as regiões, a minha prioridade. Temos conseguido diminuir essas diferenças. Mas não se vence essa luta em quatro anos. É preciso muito mais tempo", afirmou. Investimentos nas cinco regiões Na seqüência ao depoimento de Lula, o programa apresentou os investimentos na região Norte. De acordo com o programa, o desmatamento da Amazônia teve redução de 31% entre 2004 e 2005. Também foi citada a prorrogação de incentivos ao pólo industrial de Manaus e a geração de 40 mil novos empregos pelas empresas instaladas na região durante a gestão de Lula na presidência. O programa destacou a construção do gasoduto Coari-Manaus, no Amazonas; ampliação da usina de Tucuruí, no Pára; inauguração de ponte que liga o País ao Peru, no Acre; conclusão da hidrelétrica Peixe-Angical, no Tocantins. No Nordeste, o programa apontou a criação de estruturas de apoio ao turismo e à produção. Citou obras de metrô em Salvador, Recife e Fortaleza; ampliação e modernização de portos e aeroportos; obras de gasoduto em Sergipe e Alagoas e da nova Transnordestina, ferrovia entre os portos de Suape, em Pernambuco, e Pecém, no Ceará; duplicação da BR 101, entre o Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. No Centro-Oeste, o programa destacou a ampliação feita pelo governo federal dos aeroportos de Brasília e Cuiabá; a recuperação de estradas na região, BRs 163 e 158; a duplicação da BR 060; a construção da ferrovia Norte-Sul, que vai de Goiás ao Pará; além de investimentos em habitação. Os destaques do Sudeste foram reformas e ampliação de seis aeroportos; melhoria de infra-estrutura nos portos de Santos, Rio de Janeiro e Vitória; dois gasodutos em obras, em Campinas e Vitória; conclusão da rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte; e de maior parte da Régis Bittencourt. O programa também citou avanços nas obras do metrô da capital de Minas Gerais e o recebimento de recursos do BNDES para a nova linha do metrô de São Paulo. No Sul, o programa apontou a recuperação feita pelo governo federal na indústria de construção naval, ampliação da refinaria Alberto Pasqualini e implantação do parque eólico de Osório, no Rio Grande do Sul. Houve ainda o destaque para a duplicação da BR 101 Sul, em andamento, além de reformas e ampliação de portos e aeroportos. "Se ainda existem regiões pobres, é por causa de problemas históricos que foram se acumulando. Por isso, estamos fazendo o que é preciso fazer, estimulando aquilo que cada região tem de melhor. E este é o caminho mais rápido de diminuir as desigualdades", afirmou o presidente. Comparação com gestão tucana O programa foi intercalado com depoimentos do governador reeleito do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB); do governador eleito da Bahia, Jacques Wagner (PT); e do candidato ao governo do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB). Também apresentou dados comparativos entre a gestão petista e a tucana no governo federal. De acordo com o programa, o governo do PT tem criado 105 mil empregos por mês; o anterior, do PSDB, criou oito mil, mensalmente. No horário eleitoral, o PT mostrou que o salário mínimo atual equivale a 2,3 cestas básicas. Antes, no governo do PSDB, apontou, correspondia a 1,3 cesta. Ao final, o programa petista confirmou a participação de Lula nos debates do SBT, no próximo dia 19; na Record, no dia 23; e na Globo, no dia 27 de outubro, antevéspera do segundo turno. Desempenho de Alckmin no Estado O programa de Geraldo Alckmin teve início com destaques para a realização de obras na área de habitação, estradas, linhas de metrô, a construção de 19 hospitais e de 75 presídios no Estado de São Paulo na gestão do candidato. Apesar disso, o tema principal foi a educação. "Nos últimos quatro anos, o Brasil teve três ministros da educação. O primeiro foi o senador Cristovam Buarque, um homem sério, honrado, que foi demitido por telefone pelo presidente Lula e substituído por um dirigente do PT", afirmou o candidato Alckmin. "O Brasil não pode perder tempo com mensalão, com escândalos e com governo que dá mau exemplo para as crianças e para os jovens", completou. Entre as ações na área, o programa destacou a ampliação da carga horária; a implantação do turno integral para cerca de 140 mil alunos da rede de ensino; a contratação de 70 mil professores; e a oferta de bolsas de estudo de mestrado para professores na gestão de Alckmin no governo de São Paulo. De acordo com o programa, o candidato também foi responsável pela criação de 26 instituições de ensino superior, pela construção de unidades da Universidade Estadual Paulista (Unesp) no interior do estado; por triplicar o número de Faculdades de Tecnologia de São Paulo (Fatecs); e pela instalação da USP Zona Leste. O candidato afirmou que, em parceria com prefeitos e governadores, pretende, caso seja eleito, ampliar a contratação de professores, principalmente no Nordeste. Citando idéia de Cristovam Buarque (PDT), ele afirmou também que planeja criar piso salarial para os professores, em parceria com as prefeituras. Pretende ainda ampliar para todo o País o programa Escola da Família, implantado em São Paulo, a partir do qual estabelecimentos de ensino ficam abertos nos finais de semana e oferecem atividades diversas para os pais e alunos.

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