Na volta das férias, ministro do Trabalho critica Alckmin

Luiz Marinho chamou de "desespero eleitoral" o comentário de Alckmin, de que o possível próximo governo Lula ´acaba antes de começar´

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, chamou de "desespero eleitoral" o comentário do candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Geraldo Alckmin, de que se o presidente Lula for reeleito "o governo acaba antes de começar". "Essa frase representa um nervosismo eleitoral porque quem ganhar as eleições vai governar os quatro anos em respeito à decisão do povo brasileiro", comentou o ministro após divulgação dos dados de demissões e contratações no setor privado no mês de setembro. Durante sabatina na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o candidato tucano afirmou que, em caso de reeleição do presidente Lula, a sucessão presidencial de 2010 começará a ser discutida no dia seguinte à eleição. Marinho discordou da análise afirmando que os partidos terão que respeitar a decisão da sociedade, sob pena "de perderem espaço nesta sociedade". Ele ressaltou ainda que, em vários Estados, os partidos de oposição ao governo federal são situação e também vão querer governar após o pleito deste ano. "Os partidos precisam ter juízo e nossa expectativa é que, passada a eleição, todos virem a página, toquem a vida para frente e tirem a bandeira da paz da gaveta", afirmou Marinho. O ministro voltou nesta quinta-feira de um período de férias de dez dias em que aproveitou para fazer campanha pela reeleição do presidente Lula no interior de São Paulo. Ele contou que esses dias de férias já estavam acertados antes do primeiro turno das eleições e, se o presidente tivesse sido reeleito em 3 de outubro, teria usado os dias apenas para descansar. "Como isso não ocorreu, me dediquei a fazer campanha intensa nesses dez dias", comentou. Sobre a suspensão da medida provisória que liberava R$ 1,5 bilhão do orçamento a vários ministérios, determinada pela justiça, o ministro não soube informar detalhes do impacto disso em sua pasta, mas afirmou que haverá algum impacto. "Certamente algum juiz mais ajuizado vai derrubar essa decisão", comentou.

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