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Na zona leste, Páscoa beneficente para 750 pessoas

Festa foi promovida pelos funcionários do Hospital do Itaim Paulista

Por Agencia Estado
Atualização:

A Festa de Páscoa da favela do Tijuco Preto, na zona leste, foi antecipada para este sábado, 7. Promovida pelos funcionários do Hospital Estadual do Itaim Paulista, congregou pelo menos 750 pessoas no terreno da associação dos funcionários. As crianças eram maioria e tomaram conta do lugar. Teve risoto de camarão, filé de merluza, pudim de caramelo e ovinhos de chocolate na Páscoa para os moradores da favela do Tijuco Preto. ?A comunidade é muito carente, cheia de dificuldades. Quando fazemos uma festa como essa, vem todo mundo?, disse o diretor do hospital Carlos Alberto Paneagua. Só de peixe foram 120 kg; de arroz, mais 30 kg. ?Não podíamos oferecer bacalhau, porque é muito caro, mas deu para comprar merluza e camarão - é miudinho, mas é camarão?, admitiu o diretor. A comida, simples e feita com carinho pelos funcionários, agradou a todos. Franciele, de 13 anos, estava numa empolgação só. ?Está tudo uma delícia. O bacalhau é maravilhoso?, disse, sem saber que o que comeu foi merluza. Depois do almoço, ela e as amigas esperavam ansiosas pela fila do ovo - o único que ganhariam nesta Páscoa. Congregação Mas enquanto o chocolate não chegava, aproveitaram para correr, brincar, pular, dançar. ?Na nossa rua não tem nada para fazer. A gente é que tem de inventar as brincadeiras?, afirmou Larissa, de 10 anos. ?Bom mesmo é se tivesse uma festa dessa todo mês?, concluiu Laís, de 10 anos. Os pais agradecem a iniciativa do hospital. Maria Conceição Ribeiro, de 44 anos, vê o evento como um privilégio. Ela levou os seis filhos e dois sobrinhos. Como Maria está desempregada, esse ano a Páscoa ia passar em branco na família, sem festas, sem almoço farto, sem chocolates. ?Graças a Deus fizeram essa festa pra gente. Está tudo muito gostoso e meus filhos ainda vão sair daqui com um ovinho na mão?, declarou. Para o diretor do hospital, essa é a melhor forma de fazer uma parceria entre a comunidade e a instituição. ?Precisamos de paz para trabalhar e eles precisam confiar no nosso trabalho. Quando a gente se conhece, fica mais fácil de alcançar esses objetivos?, comemorou.

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