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Namorada confirma na PF dados de recibo

Por Agencia Estado
Atualização:

A socióloga Ivone de Santana confirmou ontem que, pelo número da apólice do seguro saúde, o recibo encontrado em nome de Celso Augusto Daniel no cativeiro de Diadema é mesmo do prefeito, seu namorado. Ela fez a revelação depois de depor durante quase seis horas na Polícia Federal. O deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT), que acompanhou o depoimento, disse que surgiram ?alguns detalhes novos? na investigação do caso. Greenhalgh alegou, no entanto, que manteria o sigilo, a pedido da polícia. ?Honramos o sigilo; não posso dizer detalhadamente o que eu gostaria de dizer neste instante, mas acho que estamos chegando a algumas conclusões.? Pela primeira vez desde que começaram os desencontros e ?desacertos? da polícia, Greenhalgh reconheceu ?o esforço? conjunto da PF e da Polícia Civil. ?Reiterei o meu depoimento?, disse Ivone, ouvida pela Polícia Civil no início da semana. O secretário de Serviços Municipais de Santo André, Klinger Luiz de Oliveira Sousa, confirmou ter ido ao apartamento do prefeito no sábado seguinte ao seqüestro do petista, há duas semanas. ?Estive em companhia de Ivone, e a pedido dela, para verificar possíveis mensagens na secretária eletrônica.? Klinger depôs ontem no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Defeito Segundo o secretário, Ivone acreditava haver um defeito no aparelho. Ao atender chamadas, a mensagem de saudação não era acionada. Klinger disse que não havia recado. Afirmou que ele e Ivone entraram no apartamento, verificaram a secretária eletrônica e saíram. ?Não voltei ao apartamento, não tenho a chave nem o hábito de freqüentá-lo.? Klinger admitiu ser amigo dos empresários Sérgio Gomes da Silva, que acompanhava Daniel no dia do seqüestro, e Ronan Pinto, sócio de empresas prestadoras de serviços de transporte e limpeza pública em Santo André. Mas negou ter favorecido alguém na administração. ?Especulações (de tráfico de influência) são recorrentes em períodos eleitorais. Ocorreu em 1998, em 2000 e agora em 2002?. Para Klinger, o crime não tem motivação política.

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