Namorada de Ubiratan Guimarães presta depoimento

Segundo pessoas próximas ao deputado, Carla teria sido a última pessoa com a qual Guimarães teve contato na noite do último sábado

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Por Agencia Estado
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A advogada Carla Cepallina, de 42 anos, namorada do ex-coronel da Polícia Militar e deputado estadual Ubiratan Guimarães, morto com um tiro no abdome neste fim de semana, em seu apartamento nos Jardins, presta depoimento na manhã desta segunda-feira, 11, ao delegado Marco Antonio Olivato na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O depoimento, que começou por volta das 9 da manhã não tem previsão para terminar. Segundo pessoas próximas ao deputado, Carla teria sido a última pessoa com a qual Guimarães teve contato na noite do último sábado. O corpo do deputado foi encontrado no fim da tarde de domingo por dois assessores e a perícia concluída por volta das 3h30 desta segunda-feira, 11, mostrou que o deputado estava morto há mais de 20 horas. O crime ocorreu quando o deputado estava sozinho em casa, segundo o delegado-geral, Marco Antônio Desgualdo. ?Por enquanto, trata-se de homicídio de autoria desconhecida?, disse. ?As primeiras pistas não indicam envolvimento do PCC. A porta de trás do apartamento estava aberta.? Nada foi levado do apartamento - o coronel tinha R$ 180 na carteira e dois revólveres expostos no bar, perto de onde o corpo foi encontrado. Segundo o chefe de gabinete, Eduardo Anastasi, o deputado recebia ameaças há anos, mas nunca dava importância, afirmando que quem vai matar não manda aviso. O assessor informou também que o coronel recusara reforço em sua segurança pessoal, oferecido após o início dos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC). O corpo do deputado está sendo velado, a portas fechadas, no Regimento de Cavalaria 9 de Julho, na Luz, centro de São Paulo e o enterro está marcado para as 17 horas no cemitério do Tremembé, na zona norte da capital. Em 2001, Ubiratan Guimarães, que comandou a ação contra a rebelião no Carandiru, onde morreram 111 presos em 1992, foi condenado a 632 anos de prisão. Em 15 de fevereiro deste ano, conseguiu absolvição no Órgão Especial do Tribunal de Justiça, alegando que houve erro no voto dos jurados. Ubiratan Guimarães estava em seu segundo mandato. Ele foi eleito com 56 mil votos, e sua volta à Assembléia Legislativa já era dada como certa, principalmente depois da onda de ataque do PCC. Matéria atualizada às 12h05

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