Não há indícios contra suspeito de roubo de coca do IML

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Por Agencia Estado
Atualização:

O homem apontado pelo delegado seccional de Campinas Miguel Voigt como suspeito do furto de 340 quilos de cocaína do Instituto Médico Legal (IML), em 1999, não pode ser acusado do crime por falta de indícios, conforme o promotor público Carlos Eduardo Ayres de Farias. Carlos Basílio Miranda foi ouvido durante pelo menos quatro horas em Campinas, nesta quarta-feira à noite, no Hospital Mário Gatti, onde estava internado por problemas cardíacos. Depois de ouvi-lo, a delegada da Corregedoria de São Paulo Marinês Valente, que preside o inquérito sobre o caso do furto da droga, decidiu não pedir a prisão de Miranda por esse caso. Ele era foragido da Justiça, condenado a pelo menos 30 anos de prisão por outros crimes. Miranda foi detido na quinta-feira da semana passada em Duartina, região de Bauru, e trazido para Campinas por Voigt, que o apresentou como o principal suspeito do furto. Levado ao Mário Gatti, porque teve um mal-estar cardíaco, permaneceu no hospital até esta sexta-feira à noite, quando foi transferido para o Complexo Penitenciário de Hortolândia. Farias afirmou que ?seria leviano? tratar Miranda como suspeito do furto de cocaína. Mas não revelou detalhes sobre o caso, que corre em segredo de Justiça. Marinês também não quis falar sobre o inquérito, embora tenha confirmado que não fez nenhum pedido de prisão contra Miranda por esse caso. A delegada disse, entretanto, que a prisão de Miranda foi legal, já que ele era foragido da Justiça. Nesta sexta, Voigt não se manifestou sobre esse inquérito, alegando que ele está sob responsabilidade da Corregedoria. O delegado corregedor de Campinas, Roveraldo Bataglini, por sua vez, informou que todos os procedimentos estão a cargo da delegada Marinês, que o preside. A cocaína foi furtada do IML, que fica ao lado da Delegacia Seccional, três dias depois de ter sido apreendida, em 31 de janeiro de 1999. De acordo com Farias, o inquérito passou pela Corregedoria, voltou à Polícia Civil e foi novamente repassado para a Corregedoria, onde tramita atualmente.

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