Não há prazo para desativar Carandiru, diz Alckmin

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Por Agencia Estado
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O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) negou hoje a existência de um cronograma para a desativação da Casa de Detenção do Complexo do Carandiru, localizado na zona norte de São Paulo. A promessa de Alckmin era zerar a população penitenciária em 31 de março, mas o governador afirmou que não há data marcada para a completa desativação. "Nós nunca definimos. Eu leio essas coisas no jornal mas não sei quem falou, não sei quem estabeleceu esse prazo", afirmou. Apesar da negativa de Alckmin, a Secretaria da Administração Penitenciária divulgou ontem uma nota explicando que o adiamento da desativação se deve ao aumento no número de prisões realizadas nos últimos dias - foram 3 mil em 60 dias, contra uma média de 800 prisões por mês -- , e a destruição parcial no Cadeião de Pinheiros, após rebelião no sábado passado. Além disso, o próprio site do governo paulista (www.saopaulo.sp.gov.br) traz matéria sobre a desativação da Casa de Detenção. O texto pode ser encontrado na página da Administração Penitenciária, localizada no site do governo paulista. O título da nota é "Fim do Inferno" e a frase de abertura do texto é a seguinte: "A Casa de Detenção será completamente desativada até março de 2002." Em pelo menos outras duas ocasiões, em 27 de março de 2001 e 27 de novembro de 2001, o governador Alckmin afirmou que a Casa de Detenção seria completamente desativada até 31 de março. "A desativação está seguindo seu curso normal. O prazo é o governador quem fixa e não está definido, senão vão dizer daqui a pouco ?adiou de novo?. Quando a data da desativação for marcada, nós avisamos", disse Alckmin. Segundo ele, pode levar 30 ou até 60 dias. "Não passa disso, mas não tem uma data fixa". O governador participou hoje pela manhã de assinatura de convênio com a Infraero para a implantação de uma linha ferroviária ligando o centro de São Paulo ao aeroporto internacional de Guarulhos.

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