''Não temos alternativa a não ser usar a criatividade''

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Por Lucas de Abreu Maia
Atualização:

Político com história no PSDB, Fabio Feldmann filiou-se ao PV em 2005. Hoje, será lançado como alternativa aos 16 anos de administração tucana em São Paulo. Foi deputado federal (1986-1998), candidato à Prefeitura paulistana (1996) e secretário estadual de Meio Ambiente no governo de Mário Covas. Este ano, porém, subirá ao palanque apoiado por Marina Silva. Feldmann tem como principal bandeira a transição para uma economia de baixo carbono. "São Paulo tem que aproveitar as oportunidades que já temos", diz ele.A eleição em São Paulo tem se polarizado entre PT e PSDB. Como o sr. pretende driblar essa polarização?Existe espaço para um desenvolvimento baseado em conhecimento, em serviços, no turismo - atividades que podem gerar muitos postos de trabalho. Temas que normalmente são colocados como periféricos pelos outros candidatos serão prioritários para fazer esta transição.No ano passado, José Serra lançou a Política Estadual de Mudanças Climáticas. Esta transição já não estaria em curso?Fui um dos que elaborou a legislação. Portanto, acho que foi muito importante o apoio do governador Serra à emenda proposta pelo PV (que estabeleceu meta de redução de 20% nas emissões de carbono). Mas São Paulo precisa realmente implementar esta meta, e temos pouco tempo para isso.Como compensar o pouco tempo de televisão sem alianças com outros partidos?Não temos alternativa a não ser usar toda a criatividade. É possível colocarmos as candidaturas do PV, tanto presidencial quanto para o Estado, como alternativas reais. Embora todos pretendam usar as mídias digitais, o PV é favorecido, porque os jovens, que têm simpatia a nossa candidatura, são mais familiarizados com esta mídia.Haverá integração com a campanha presidencial de Marina?Sim, e com outras também. Para o PV, o conteúdo da campanha é muito importante. Os outros candidatos, até por ocuparem máquinas partidárias muito fortes, têm menos preocupação em colocar propostas.O sr. já pensa quem apoiaria em um segundo turno?Não. Naturalmente penso que PSDB e PT poderiam me apoiar.

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