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Nas urnas, equilíbrio de ruralistas e sem-terra

Número semelhante de políticos eleitos que representam os dois movimentos promete acirrar votações na Câmara e no Senado a partir de 2011

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

Qualquer que seja o resultado do segundo turno, representantes dos ruralistas e dos movimentos sociais de luta pela terra nos parlamentos vão travar uma disputa equilibrada no próximo governo. Os dois lados admitem que as forças, a partir de 2011, vão ficar mais iguais do que eram em legislaturas anteriores.A bancada ruralista sofreu baixa numérica, mas teve um ganho qualitativo, segundo as lideranças. Os grupos sociais liderados pelo Movimento dos Sem-Terra (MST) consideram-se beneficiários do crescimento do PT, que ampliou as bancadas na Câmara e no Senado. "Houve uma renovação alvissareira", comemorou, em nota, a direção nacional do movimento.Os dois lados defendem posições antagônicas sobre o agronegócio e a questão fundiária. O MST quer a limitação no tamanho da propriedade e a revisão nos índices de produtividade para fins de reforma agrária. Os ruralistas, por sua vez, defendem menor rigor na legislação florestal e revisão da dívida do campo.Reeleitos. O setor rural reelegeu 147 dos 241 integrantes da Frente Parlamentar Agropecuária, sofrendo uma redução de 38,6% no quadro. Dos 94 que ficaram fora, 76 tentavam a reeleição e não conseguiram os votos. Em compensação, a base no Senado ganhou nomes de peso, como os ex-governadores Blairo Maggi (PR), de Mato Grosso, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), de Santa Catarina, e Ivo Cassol (PP), de Rondônia, além do deputado Irajá Abreu (DEM-TO), filho da senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA).

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