20 de outubro de 2010 | 00h00
O ex-deputado federal Neudo Campos (PP) lidera a disputa pelo governo de Roraima, de acordo com a última pesquisa Ibope. O candidato tem 50% das intenções de voto contra 41% do governador Anchieta Júnior (PSDB), que tenta a reeleição. Para tentar reverter a situação, Anchieta incorporou novas propostas ao seu programa de governo.
A pesquisa, registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Roraima sob o número 6106/2010, foi contratada pela TV Roraima, afiliada da Rede Globo, e entrevistou 812 pessoas nos 15 municípios do Estado entre os dias 15 e 17 de outubro. Os votos brancos e nulos somaram 2% e os indecisos, 7%. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.
Esta foi a primeira pesquisa realizada pelo instituto para analisar as intenções de voto para o segundo turno. Os números confirmaram o resultado da votação do dia 3 de outubro, quando Neudo obteve 47,62% dos votos e Anchieta, 45,03%, embora todas as pesquisas realizadas pelo Ibope até aquela data apontassem vitória do governador.
Entre as novas propostas anunciadas, Anchieta promete aumentar o valor dos programas sociais que repassam dinheiro para produtores rurais e famílias carentes, além de distribuir uma espécie de vale para aquisição de medicamentos na rede privada.
O tucano conta ainda com a imagem do presidenciável José Serra no horário eleitoral. Serra, que foi ignorado no primeiro turno, agora aparece no rádio e na TV pedindo votos para Anchieta. No primeiro turno, ele venceu as eleições em Roraima, deixando para trás a petista Dilma Rousseff, que ainda não apareceu no programa de Neudo, que é seu aliado.
Segurança. Para evitar a compra de votos no dia 31 de outubro, a Polícia Federal vai contar com reforço de cinco delegados e 20 agentes. De acordo com o superintendente da PF no Estado, Herbert Gasparini, que fez a solicitação a Brasília, o contingente extra chegará ao Estado até a próxima semana e vai atuar em Boa Vista e no interior. No primeiro turno, Roraima registrou a maior apreensão em dinheiro do País por suspeita de captação ilícita de votos. Foram retidos R$ 2,8 milhões.
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