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New York Times destaca favoritismo de Lula

Jornal apontou os escândalos como responsáveis pela realização de um 2º turno

Por Agencia Estado
Atualização:

A franca liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de intenção de voto é o destaque de uma reportagem de Larry Rohter publicada no site do jornal norte-americano New York Times. Segundo o jornalista, Lula "vai para a votação hoje com uma liderança que todas as pesquisas indicam ser insuperável". "Sr. Alckmin, um médico de 53 anos e ex-governador de São Paulo, o Estado mais rico e populoso do Brasil, foi capaz de forçar um segundo turno em larga medida por causa de um escândalo político que irrompeu na última hora", lembra o jornalista, referindo-se ao caso do dossiê contra políticos do PSDB. "Sr. Da Silva (como alguns meios de comunicação estrangeiros costumam chamar Lula) conseguiu distanciar-se de Alckmin nas últimas semanas, em parte por taxá-lo como um candidato de uma nota só, que fala mais de corrupção do que de seus planos para o Brasil." Rohter afirma que a campanha no segundo turno teve "pouco de convencional" e que os dois candidatos concentraram seus esforços nas notícias da mídia e na formação de alianças, "algumas delas ideologicamente sem lógica, com governadores, prefeitos, parlamentares e outros caciques políticos locais, que tradicionalmente são os agentes de poder na política brasileira", diz o jornalista, citando o apoio de Roseana Sarney a Lula e da família Garotinho a Alckmin. Rohter lembra também que Lula deu apenas uma entrevista coletiva durante todo o seu governo e não compareceu ao debate da TV Globo no primeiro turno, mas que, durante o segundo turno, "esteve muito mais disponível". Citando o debate da última sexta-feira, Rohter destacou que, à afirmação de Alckmin de que "os escândalos simplesmente não param", Lula respondeu que "nenhum outro governo fez mais para combater a corrupção".

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